Entidades representativas da Polícia Militar de Goiás, entre elas a Assego – Associação dos Subtenentes e Sargentos do Estado de Goiás, Assof – Associação dos Oficiais da Polícia e Corpo de Bombeiros Militar de Goiás e Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiros Militares de Goiás, enviaram ao Secretário de Segurança Pública de Goiás, vice-Governador José Eliton, ofício em que manifestam o repúdio à pretensa decisão do Governo de Goiás de reduzir o efetivo da Polícia Militar, definido pela Lei 17.866, de 19 de dezembro de 2012.
De acordo com o documento, chegou ao conhecimento das entidades representativas, notícia de que está em andamento no âmbito da Polícia Militar um estudo para alteração da Lei que fixou o efetivo da Polícia Militar de Goiás, visando reduzir o efetivo legal de 30.741 para pouco mais de 16 mil militares efetivos.
Entre as razões que embasam o documento, as entidades destacam o fato de que a promulgação da Lei de 2012 se deu, justamente, com a expectativa de que ao longo do anos ocorresse incremento de efetivo na mesma proporção do aumento da população, o que não tem ocorrido. Nos últimos 15 anos a população de Goiás saltou de 4,5 milhões de habitantes para 6,6 milhões, enquanto o efetivo da PM reduziu cerca de 20% e hoje é de pouco mais de 11 mil policiais, o que dá uma proporção de 1 policial para cada grupo de 600 habitantes, aproximadamente.
Segundo o documento encaminhado ao Secretário, se acaso forem reduzidos o quantitativo de vagas, sem sombras de dúvidas, haverá uma evasão de no mínimo 3 mil Policiais Militares ativos que passarão para a reserva remunerada e refletirá ainda mais negativamente nos índices de criminalidade enfrentados pelo Estado. Por fim, os militares afirmam que o efetivo diminuto, a carga laboral atual, o valor ínfimo da hora extra remunerada e a redução das vagas existentes na lei estadual 17.866 são razões plausíveis para o fomento da desmotivação da tropa.