Sem conseguir emplacar o pré-candidato da base, o vice-governador José Eliton, que, embora há três anos em campanha, ainda não superou os dois dígitos nas pesquisas de intenção de voto já realizadas no estado, o grupo político de Marconi Perillo tem se dedicado a divulgar factoides com o objetivo de criar a cizânia entre os dois principais nomes da oposição no Estado. A intenção é dividir a oposição em Goiás.
Embora venham, cada um a seu modo, construindo sua própria candidatura ao governo de Goiás, o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (MDB) sabem perfeitamente que a união entre os dois é fundamental para vencer a máquina do governo que, a partir de abril, estará toda nas mãos de José Eliton.
Determinados a impedir que Caiado e Daniel se unam para o pleito de 2018, a base aliada de Marconi Perillo tem conduzido discursos e plantado notas em jornais e blogs simpáticos ao governo de Goiás para afastar a hipótese de candidatura única da oposição. Umas das estratégias dessa turma é estabelecer o mal estar entre Daniel Vilela e prefeitos importantes do MDB, como Adib Elias, de Catalão, Ernesto Roller, de Formosa e Paulo do Vale, de Rio Verde.
Marconi Perillo e companhia sabem que o famigerado Tempo Novo se exauriu e a continuidade desse grupo no poder em Goiás não depende mais de si, mas de um eventual racha da oposição, que teria como consequência a desconstrução de bases no interior, o que fortaleceria uma campanha movida exclusivamente a dinheiro, como provavelmente deve ser a de José Eliton.