Investigações da Polícia Federal, em operação deflagrada na manhã desta sexta-feira (25), apontam que o deputado goiano Gustavo Gayer teria criado uma Organização Social de Interesse Público (OSCIP) para desviar recursos da sua cota parlamentar, utilizando crianças de 1 a 9 anos como parte do quadro societário. Este ato não apenas representa um grave crime, mas também contraria os conceitos cristãos e os valores da família tradicional que Gayer frequentemente defende.
Na manhã desta sexta-feira (25), a Polícia Federal realizou uma operação em várias cidades, incluindo Brasília e quatro municípios de Goiás, cumprindo 19 mandados de busca e apreensão. Em sua casa em Goiânia e no imóvel funcional em Brasília, a polícia apreendeu documentos que apontam indícios do esquema. Na residência de um assessor de Gayer, também alvo da operação, a PF apreendeu R$ 70 mil em dinheiro vivo. Segundo as investigações, documentos falsos foram usados para a criação da OSCIP, que tinha as crianças como sócias.
A cota parlamentar, também conhecida como verba indenizatória, deve ser utilizada para despesas legítimas relacionadas ao mandato, como passagens aéreas e aluguel de veículos. No entanto, segundo a PF, os recursos de Gayer foram direcionados à organização de maneira ilegal e sem critérios técnicos.
Gayer, que é o principal aliado de Fred Rodrigues, candidato a prefeito de Goiânia pelo PL, enfrenta acusações sérias, incluindo associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos e peculato, com penas que podem ultrapassar 20 anos de reclusão. Este escândalo não apenas expõe a corrupção, mas também contradiz os princípios que o deputado diz defender, revelando uma hipocrisia que afeta diretamente os valores da direita tradicional que ele supostamente representa.
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