O presidente do MDB goiano, Daniel Vilela, pré-candidato a vice na chapa majoritária de Ronaldo Caiado (UB), fez duras críticas ao comportamento do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha (sem partido), que ensaia se unir ao ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na disputa pelo governo de Goiás nas eleições de outubro próximo. Para Daniel, o seu ex-aliado tem tido um comportamento político raso e estaria sendo usado pelo tucano.
Na entrevista ao jornal O Popular, Daniel disse não ter dúvidas de que “Marconi hoje é o grande mentor do Gustavo”, e afirma que isso não é de agora. “Gustavo já estava sendo orientado pelo Marconi desde o princípio. Foi ele que aconselhou todas as decisões tomadas pelo Gustavo desde o ano passado”, explica.
A relação entre os dois políticos, que eram muito próximos, sobretudo pela relação de Gustavo Mendanha com o seu padrinho político, Maguito Vilela, pai de Daniel, começou a azedar depois que o prefeito de Aparecida de Goiânia não aceitou a decisão do MDB goiano, que, por manifestação de 92% dos seus integrantes, decidiu pela aliança de apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado. Com o resultado tomado pelo MDB, Mendanha resolveu deixar o partido e buscar outra legenda para sustentar seu projeto de candidatura ao governo. Até agora, no entanto, o ex-emedebista continua sem partido.
Daniel reforçou o atraso político e administrativo deixado pela gestão de Marconi Perillo e lamentou que Mendanha, que nasceu e cresceu politicamente às custas do MDB e da consideração recebida do seu pai, Maguito Vilela, venha agora virar as costas para a história que havia construído dentro do partido e vá se aliar justamente com o principal adversário do MDB nos últimos 24 anos.
“Eu respeito a decisão dele (Mendanha), mas não concordo, ainda mais porque o MDB foi o partido que deu todas as oportunidades a ele. E aí de repente trocar o seu partido e as pessoas que confiaram em você e estiveram a seu lado, para andar com alguém que foi inclusive defenestrado do Estado, teve de se mudar para São Paulo porque não tinha condições de caminhar pela cidade. É algo que a gente não consegue compreender, mas é um fato consumado: eles estarão juntos”, frisou.
