Vivemos num regime democrático que nos permite escolher nossos legisladores e o chefe do executivo. A reeleição para o executivo foi um grave erro introduzido no sistema político brasileiro durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que governou o Brasil de 1996 até 2002. A indeterminada reeleição para o legislativo é outro modelo que conspurca a democracia brasileira.
O legislativo brasileiro como um todo é um poder submisso ao executivo. Em todas as casas legislativas, seja municipal, estadual ou Câmara Federal, a subserviência tem norteado o modelo parlamentar Brasil a fora. Pouco ou quase nada é produzido pelas casas de leis, que são pautadas pelo executivo, na maioria das vezes às custas de conchavos e distribuições de cargos promovidas pelo governo. A base aliada do governo sempre é maior do que a oposição.
E Goiânia não é diferente da maioria dos municípios goianos. O legislativo municipal pouco produz, não obstante contar com “experientes” edis. O presidente da casa, Anselmo Pereira (PSDB), por exemplo, está há mais de 30 anos como vereador. Muitos goianos não eram nem nascidos quando Pereira assumiu seu primeiro mandato. Milton Mercês (sem partido), está no sexto mandato; Elias Vaz (Rede) está há 15 anos vereador de Goiânia. Esses são alguns exemplo, mas não há exceção: seja situação ou oposição, temos uma Câmara Municipal envelhecida do ponto de vista de mandatos dos senhores vereadores.
E a situação só piora. É chegada a hora, portanto, de promovermos a renovação do poder legislativo local. É chegada a hora de dizermos não à reeleição na Câmara Municipal de Goiânia e demais câmaras legislativas Goiás e Brasil a fora. Vamos exercer a nossa soberania popular. Vamos fazer valer a democracia pela qual muitos morreram. Não precisa lei. A reeleição é feita pelo seu voto. Basta não reeleger nenhum vereador no próximo pleito, em outubro de 2016. Na pior das hipóteses você terá tentado melhorar a sua vida e a de todos nós.
