O ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende Machado (PMDB) anunciou hoje, 06/07, que não será candidato à Prefeitura de Goiânia nas eleições de outubro próximo. A decisão do líder peemedebista mexeu com a política goiana e mudou completamente os rumos da campanha que se aproxima.
Em carta publicada, Iris se dirige ao povo de Goiás e diz que nenhum político deve mais a Goiânia do que ele: “se ocupei os cargos que ocupei, tudo começou em Goiânia. Em mais de 50 anos como homem público, posso dizer, com orgulho, que Goiânia jamais se envergonhou de mim”, disse.
Em entrevista à jornalista Fabiana Pulcineli, do jornal O Popular, Iris disse que foi perdendo o encanto, se desiludindo com os rumos da política, mas que não sairia brigando e nem xingando ninguém. “Nunca passei recibo das minhas insatisfações. Encerrei, encerrei (a carreira política). Se estou saindo por frustração e desestímulo, não quero sair atirando. Não fui eu quem elegeu essa gente, foi o povo. O poder que o povo colocou na minha mão, eu exerci com competência. Disso eu sei”, enfatizou.
A desistência de Iris deixa o PMDB numa situação semelhante àquele “cachorro que cai de uma mudança”. O partido, ao que parece, não tem um candidato que possua alguma densidade eleitoral e que seja capaz de concorrer com reais chances de vitória no pleito de outubro próximo. Assume, portanto, um papel de coadjuvante e vai entrar na corrida sucessória tentando garantir um lugar na futura administração.
O maior prejudicado nisso tudo, além do povo de Goiânia, que corre o risco de ter que conviver com uma administração pífia de políticos medíocres e populistas, como Delegado Waldir ou Giuseppi Vecci, foi, sem dúvidas, o projeto político de Daniel Vilela, atual presidente do PMDB, que esperava fazer da eleição fácil de Iris Rezende o seu trampolim para a eleição de 2018, quando pretende, ou pretendia, assumir a vaga de governadoriável do partido.
