Relatório de Gestão Fiscal (RGF) – Demonstrativo da Disponibilidade de Caixa e dos Restos a Pagar do Poder Executivo Municipal de Goiânia, publicado no Diário Oficial do Município nesta sexta-feira, 29, mostra que o ex-prefeito da capital Iris Rezende, do MDB, deixou ao final do seu mandato, em 31 de dezembro do ano passado, R$ 1,027 bilhão no caixa da Prefeitura. Deste montante, cerca de R$ 502,8 milhões constituíam-se de recursos não vinculados, ou seja, que não tinham destinação específica.
De acordo com o relatório, a disponibilidade líquida de caixa da Prefeitura de Goiânia, apurada depois da inscrição dos restos a pagar processados do exercício de 2020 e exercícios anteriores, era de R$ 813,09 milhões, sendo R$ 409 milhões sem vinculação.
Os dados apontam que Iris Rezende investiu no ano passado mais de R$ 1,1 bilhão, a maioria desses investimentos em obras de mobilidade e infraestrutura. O superávit primário (receitas primárias – despesas primárias, excluídos os serviços da dívida) alcançado pela gestão do emedebista foi de R$ 255,5 milhões. O resultado orçamentário (receitas realizadas – despesas liquidadas) foi de R$ 455,5 milhões.
Ao final da gestão do ex-prefeito Iris Rezende, Goiânia continuava como uma das capitais com o menor índice de endividamento do país. A Dívida Consolidada Bruta da Prefeitura de Goiânia ao final de dezembro de 2020 representava apenas 29,27% da Receia Corrente Líquida do município. O limite para o endividamento dos municípios, de acordo com resolução do Senado Federal, é de 120% da RCL.
Já a Dívida Consolidada Líquida de Goiânia atinge apenas 12,61% da Receita Corrente Líquida. As despesas com pessoal ao final da gestão Iris Rezende alcançou 44,12%, para um índice permitido pela legislação de 54%. Os investimentos na Saúde e na Educação superaram os limites constitucionais mínimos, ficando em 19,93% e 25,6%, respectivamente.