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Política

João Campos pode perder apoio do Republicanos e ficar sozinho com Gustavo Mendanha

Com a maioria dos integrantes da legenda em Goiás sinalizando apoio à reeleição de Ronaldo Caiado, o presidente Regional da sigla, que almeja se candidatar ao Senado nas eleições de outubro próximo, busca formar chapa majoritária com o pré-candidato ao governo pelo Patriota, Gustavo Mendanha, mas cenário mostra que ele pode perder o apoio do partido, que pretende priorizar as eleições proporcionais

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Mesmo com declarações públicas de lideranças do partido em Goiás, a exemplo do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que já declarou apoio ao projeto de reeleição do atual governador Ronaldo Caiado (UB), o presidente do Republicanos em Goiás, deputado federal João Campos, insiste em manter o seu projeto de disputar o Senado ao lado do pré-candidato ao governo de Goiás pelo Patriota, Gustavo Mendanha.

A intenção de Campos, no entanto, parece que não terá o apoio do seu próprio partido, que sinaliza que vai priorizar as eleições proporcionais, numa aposta de levar ao menos dois representantes da sigla para a Câmara dos Deputados e fazer da primeira-dama de Goiânia, Thelma Cruz, deputada estadual.

O desejo de João Campos tem encontrado resistência, principalmente, no grupo mais próximo da Igreja Universal, que defende o nome de Jeferson Rodrigues para deputado federal e não quer correr riscos de fracasso nessa empreitada.

Segundo bastidores, a formação da chapa proporcional do Republicanos no Estado foi elaborada levando-se em consideração que o partido caminharia ao lado de Ronaldo Caiado, tanto que o ex-secretário de Segurança Pública do governo Caiado, Rodney Miranda, é um dos pré-candidatos à Câmara pela sigla e teria condicionado sua ida ao Republicanos ao apoio do partido ao governador.

O atual presidente do Republicanos tenta contornar a situação e manter condições de viabilizar sua pré-candidatura ao lado de Mendanha. Com esse objetivo, João Campos, na condição de presidente da legenda, estaria liberando os correligionários para apoiarem Ronaldo Caiado.

Na realidade, dizem aliados, Campos quer manter o controle do Republicanos e levá-lo para a campanha do ex-prefeito de Aparecida de Goiânia, mantendo tempo de TV e recursos do fundo eleitoral, mas isso não estaria pacificado dentro do partido. Pré-candidatos proporcionais que veem chances de eleição sabem que sem a unidade partidária as chances de sucesso diminuem.

Nos bastidores da política, o que se ouve é que o deputado João Campos se precipitou quando anunciou, intempestivamente, que seria candidato ao Senado Federal nas eleições de 2022. Para analistas, a atitude de Campos foi a deixa, quase que uma autorização tácita para que a cúpula da Igreja Universal elegesse Jefferson como pré-candidato à deputado federal.

“João Campos praticamente cedeu a vaga para o colega deputado estadual e não avaliou a dificuldade que teria para viabilizar seu nome para o Senado. Agora não tem volta”, explica um aliado do republicano, que avalia que o ainda deputado federal pode ficar sozinho nesse projeto.

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