Nove dos dez investigados na Operação Multigrana foram condenados em primeira instância na Justiça. Na decisão, as penas ultrapassam os 12 anos de prisão por práticas de crimes de organização criminosa e peculatos continuados. Os réus também terão de reparar os danos causados que ultrapassam os R$ 2 milhões.
Ainda na sentença, aos bens dos sentenciados, que já se encontravam bloqueados desde o início da operação, foi decretado a perda, para completar a reparação de danos. Apesar disso, eles deverão aguardar em liberdade a decisão em segunda instância.
Entre os condenados, o vereador de Goiânia, Zander Fábio, Dário Alves Paiva Neto, ex-presidente da Agetul, Larissa Carneiro de Oliveira, à época responsável por todo o procedimento de contabilização dos ingressos vendidos e Geraldo Magela Nascimento, ex-diretor financeiro do Mutirama. Zander, Dário, Larissa, além de outros dois investigados, foram condenados à perda e a proibição de exercer cargos públicos por oito anos. Já Geraldo Magela e os outros três condenados, que não possuem cargos públicos, foram apenas inabilitados de exercer cargos e funções públicas, também por oito anos.
A Operação Multigrana foi deflagrada em 2017, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Goiás (MP-GO) e apontou que cada acusado tinha um papel dentro da organização. Os desvios só eram possíveis por meio da venda de ingressos duplicados e, a consequente falsificação dos borderôs e prestação de contas.
Fonte: Jornal O Popular