Depois de governar o Estado de Goiás por quatro mandatos e ocupar o senado por quatro anos, o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) enfrenta um dilema político. A sua até então inquestionável liderança política começa a ser questionada. Há apenas três meses fora do governo, Perillo assiste a sua base de apoio esfacelar-se. Fiéis escudeiros já estão procurando abrigo nas alas oposicionistas, descrentes com a falta de perspectiva de poder do tucano.
Nos últimos dias, tem circulado rumores de que o próprio Marconi Perillo não estaria bem certo da sua eleição para o senado e já teria, inclusive, cogitado a possibilidade de se candidatar a uma vaga na Câmara Federal, o que, em tese, seria uma eleição garantida.
No início do mês, o marconista Lincoln Tejota, há oito anos integrando a base de Perillo, pulou de galho e foi para os braços do senador Ronaldo Caiado (DEM), líder das pesquisas de intenção de voto para o governo de Goiás. Outros partidos pressionam o moribundo governo de José Eliton e ensaiam tomar o mesmo caminho do Pros de Tejota.
Pelo andar da carruagem, a liderança política de Marconi Perillo já é passado e sem o poder da caneta o tucano não é líder de ninguém. Ao que tudo indica, e o tempo se encarregará de contar essa história, Perillo não tinha aliados, mas fisiológicos usufruindo do efêmero poder de um chefe do executivo.