É consenso, entre todos os que o conhecem, que Paulo Garcia (PT), Prefeito de Goiânia, é um sujeito honesto e um ser humano cheio de virtudes. Como político, entretanto, sua fama é de turrão, intransigente, cuja arrogância é disfarçada por sua educação.
Desde que assumiu, em 2012, Paulo Garcia tem sido vítima de sua postura intransigente, agravada por uma comunicação deficiente, fruto de uma assessoria mal elaborada. É insistente e, quando acha-se correto, não ouve a população.
Foi assim no imbróglio do Parque Mutirama, quando o projeto inicial foi embargado pelo MPF e a verba federal foi retirada. Sem condições de dar prosseguimento à obra apenas com recursos do tesouro municipal, Garcia insistiu e acabou protagonizando algo inusitado: a construção de uma rua coberta. Sem condições de executar a totalidade do projeto, que previa a interligação do Parque Botafogo por sobre a Marginal Botafogo, Garcia cobriu apenas a Avenida Araguaia.
Na época, sem ouvir a súplica das ruas, Paulo Garcia manteve a principal via de ligação da cidade, a Marginal Botafogo, fechada por 8 meses, sem nenhuma necessidade. Tudo porque não quis admitir que estava errado. Nas implantações dos corredores exclusivos para ônibus tem sido a mesma coisa: Garcia não ouve ninguém. Comerciantes das vias onde já foram implantados os corredores alegam prejuízos irreparáveis e muito deles chegaram a fechar as portas. Segundo esses comerciantes, isso poderia ter sido evitado se todos tivessem sido ouvidos quanto ao impacto das obras no exercício de suas atividades.
Agora é a mesma coisa: a retirada das mais de 2.000 árvores da Av. Goiás Norte, no corredor onde será implantado o BRT, pegou todos de surpresa. É um desgaste desnecessário, que poderia ter sido evitado se tivesse havido uma ampla discussão a respeito e a população fosse informada antecipadamente do projeto e da compensação da derrubada dessas árvores. A Amma, no entanto, diz que será feito o replantio de 60 mil árvores em compensação às que estão sendo retiradas. Já o MP/GO diz que vai avaliar o custo/benefício dessa derrubada pra saber se houve prejuízo ao meio ambiente. Vale lembrar que o discurso da administração petista em Goiânia é o da sustentabilidade.