Colocando em xeque a capacidade administrativa do auxiliar Jayme Rincon, o Governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB) assinou dois decretos que obrigam a Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas, presidida por Rincon, a fazer prestação de contas mensal às Secretarias de Gestão e Planejamento (Segplan), da Fazenda (Sefaz) e também para o Departamento de Trânsito (Detran), que é responsável pelo repasse de parte significativa dos recursos utilizados pela agência, informa a coluna Giro, do Jornal O Popular.
A Agetop é responsável pelo maior volume de obras do Governo Estadual e movimenta um orçamento na casa dos bilhões. As regras valem por enquanto para obras do Programa Rodovida, no total de R$ 212 milhões, e também para a construção de Centros de Atendimento Socio Educativos (Cases), somando R$ 27 milhões.
Jayme Rincon, que já foi o homem forte de Marconi Perillo e esteve, inclusive, cotado para ser o candidato do PSDB nas eleições para a prefeitura de Goiânia em outubro próximo, caiu em descrédito a partir da Operação Compadrio do Ministério Público Estadual, que desvendou um grande esquema de corrupção no órgão presidido por ele e que envolve empresários e funcionários públicos. Entre os envolvidos está o ex-diretor de obras rodoviárias do órgão, José Marcos Musse, que chegou, inclusive, a ser preso durante a primeira fase da operação, além de Tiãozinho Costa, ex-prefeito de Caçu, aliado do Governo tucano. Resignado, Jayme Rincon disse que apoia a medida do Governador.