Assim que assumiu, em janeiro de 2015, Marconi Perillo, governador de Goiás, anunciou uma grande e propalada reforma administrativa. Dizia que iria cortar 6 secretarias, demitir 5 mil comissionados e cortar 16 mil cargos. Anunciou economia de mais de R$ 300 milhões no custo da máquina pública goiana.
Passados 7 meses, a realidade é outra, bem diferente. O rombo nas contas públicas chega a R$ 1,6 bilhão e o déficit mensal, confessado pela secretária da Fazenda, Ana Carla Abrão, é de R$ 450 milhões. Ou seja, Goiás gasta muito mais do que arrecada. A pergunta que se impõe é a seguinte: e o resultado prático da tal reforma de Perillo?
Em 2014 a folha de pagamento do funcionalismo público fechou com R$ 599 milhões, já incluídos os encargos sociais. Agora, segundo a própria Sefaz, a folha estadual chega a R$ 900 milhões. Um crescimento vertiginoso de 50%. Isso porque o data-base, que é a reposição anual dos salários de acordo com a inflação do período, não foi pago pelo governo estadual, que já descartou, inclusive, que isso seja feito nesse ano.
Os servidores públicos estão sendo penalizados com cortes de gratificações e parcelamento de salários. Os quinquênios, direito adquirido do servidores, foi postergado e agora o funcionário só o recebe no janeiro do ano subsequente em que for completado e faltas justificadas deixaram de ser abonadas, tudo em nome do enxugamento.