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Política

Marconi Perillo nega supressão de objetos do palácio, mas omite-se quanto ao rombo de R$ 6,7 billhões no caixa do Estado

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Abespinhado com a declaração do atual governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), que teria dito à coluna Radar, da revista Veja, que teriam sumido peças do acervo do Palácio das Esmeraldas, residência oficial do governador de Goiás, entre elas pratarias e talheres usados durante festas e reuniões, o ex-governador Marconi Perillo disse à mesma revista que Caiado usa fake news para atacá-lo e destruir o seu legado.

“As ilações feitas contra as nossas gestões são de enorme irresponsabilidade e cretinice, frutos do ódio de uma administração incompetente e perdida, totalmente incapaz de exercer as funções para as quais foi eleita pelos goianos há quase um ano – um verdadeiro vício em maledicências, baixarias e em fake news (sic)”, disse Perillo em nota enviada à coluna Radar.

O que o ex-governador, que por quatro mandatos governou o Estado, chama de “irresponsabilidade e cretinice” de Ronaldo Caiado é, na realidade, a divulgação que tem sido feita pelo atual governador da condição calamitosa que recebeu as finanças públicas depois de oito anos de gestão ininterrupta de Perillo e companhia.

O retrato das contas públicas herdadas da gestão tucana é ratificado por relatórios da auditoria da área técnica do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que em junho último emitiu parecer prévio pela rejeição das contas do tucano e apontou um rombo de R$ 6,7 bilhões no caixa do Estado em dezembro passado.

De acordo com o conselheiro Saulo Mesquita, relator das contas de governo de 2018, diante do quadro de insuficiência de caixa e inexistência de disponibilidade financeira para fazer frente aos restos a pagar, situações que se somam aos restos a pagar dos exercícios anteriores e, ainda, aos valores não contabilizados, como a própria folha de dezembro de 2018, resultou num rombo total de R$ 6,7 bilhões aos cofres do Estado.

A auditoria da Gerência de Controle de Contas do TCE aponta ainda, entre outros ilícitos cometidos nas contas de governo de 2018 pelos ex-governadores de Goiás Marconi Perillo e José Eliton, ambos do PSDB, que foram realizadas despesas em montante superior a R$ 2 bilhões sem o devido prévio empenho dessas obrigações.

Ao negar o sumiço de pratarias, garfos e colheres do Palácio das Esmeraldas, Marconi Perillo não se dignou a dispensar uma linha sequer de sua nota para rebater o relatório da auditoria técnica do Tribunal de Contas e contrapor o que foi ali relatado.

Mais do que corroborar as declarações do atual governador Ronaldo Caiado, de que o Estado teria sido dilapidado em suas finanças, o relatório do TCE, embora não faça menção a pratarias, escancara ao povo goiano que o único legado deixado pelo tucanato em Goiás foi a completa falência das contas públicas do Estado, que hoje não tem recursos para suprir a reposição de um único conjunto de prato, garfo e faca desses que se compra em supermercados.

 

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