Candidatíssimo ao cargo de senador da República, o governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), vai perder o foro privilegiado em abril próximo e poderá ser julgado pela justiça comum. O tucano, que deve renunciar ao cargo até 31 de março, foi denunciado ao Superior Tribunal de Justiça em 2017, acusado de corrupção passiva, por ter supostamente recebido R$ 90 mil em propinas da Construtora Delta, do empresário Fernando Cavendish, também denunciado à justiça.
De acordo com a denúncia (ação penal que tramita no STJ sob o nº 855), em consequência dos valores recebidos indevidamente, Perillo determinou que fosse ultimada a segunda aditivação do contrato 75/2009, onerando o Estado em R$ 3,04 milhões.
Chama atenção para o fato de que “Marconi Perillo teria plena ciência de que o valor despendido com o contrato de locação, nos moldes como posto, era desvantajoso para a Administração e ilegal”, diz trecho da denúncia.
A PGR frisa que se o Estado tivesse optado por adquirir as 1.981 viaturas, objeto do contrato, ao invés de desembolsar os R$ 75 milhões com alugueres, gastaria apenas R$ 39 milhões.
Sem o foro, um juiz de primeira instância da justiça goiana estará apto a julgar Marconi Perillo, que, se condenado, ainda poderia recorrer e garantir sua candidatura ao senado. Entretanto, uma condenação nesse sentido dificultaria sobremaneira a sua eleição.