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Política

Marconi Perillo, também citado em delação da JBS, sai em defesa do senador afastado Aécio Neves

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O governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB) perdeu uma boa chance de ficar calado e se comportar como alguém que tem alguma consideração pelo povo que representa. Mesmo diante de fartas provas apresentadas contra o senador Aécio Neves, inclusive gravações que comprovam a participação do tucano mineiro em reiterados ilícitos praticados em conluio com a empresa JBS, Marconi resolveu se solidarizar com o amigo. Em reunião da cúpula do partido, o governador de Goiás disse que Aécio é vítima de delatores covardes e que ele teria levantado a auto estima dos mineiros.

Aécio Neves foi denunciado à PGR e teve a prisão preventiva pedida pelo procurador-geral, Rodrigo Janot. A irmã do senador, que foi afastado pelo STF, está presa, assim como o primo, acusado de ser o intermediário das propinas pagas a Aécio Neves. Em conversa gravada pela PF, com autorização da justiça, Aécio chega a sugerir a Joesley Batista que, caso fosse preciso, mataria o mensageiro da propina antes que ele fizesse delação. “Tem que ser um que a gente mata ele antes de fazer delação”, disse.

Marconi Perillo, citado na delação da Odebrecht por suposta propina de R$ 10 milhões nas campanhas de 2010 e 2014, também foi citado pelo delator da JBS, Ricardo Saud. Na gravação divulgada pela mídia, o executivo da J&F, holding que administra a JBS, disse que Joesley “cansou de dar dinheiro para Marconi Perillo”. Coincidência ou não, em dezembro de 2014 a JBS recebeu um perdão fiscal em Goiás que alcançou cifras superiores a R$ 1 bilhão de reais. O tucano goiano responde, ainda, no STJ a acusação de ter recebido propinas da Construtora Delta em 2012.

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