O pré-candidato do PSDB ao governo de Goiás, Marconi Perillo, sugeriu, em entrevista à Rádio Sucesso, que não votaria no candidato petista à presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, caso se confirme um segundo turno entre o PT e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração de Perillo foi dada no último dia 20 de junho, antes, portanto, dele anunciar que seria candidato ao governo de Goiás, onde busca o seu quinto mandato.
Durante o programa, o ex-governador foi perguntado, de forma muito direta, em quem o cidadão Marconi Perillo votaria numa eventual disputa entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu não vou me adiantar aqui… Assim, não é difícil, até porque todo mundo sabe dos embates que eu tive com o PT a vida inteira”, respondeu, sugerindo que o seu voto não seria no petista.
Depois de anunciar que vai mesmo concorrer ao Governo de Goiás pela quinta vez, Marconi Perillo admitiu, no entanto, ter tido conversas com o PT com o intuito de fechar uma aliança em Goiás. As conversas, segundo aliados do tucano, foram mantidas, até o momento, a nível nacional. A presidente do PT em Goiás, Kátia Maria, deu a entender que o partido espera a manifestação de Marconi. “A bola não está comigo neste momento. Todos que falarem que apoia Lula, nós vamos atrás”, disse a dirigente petista à coluna Giro, do jornal O Popular.
Obviamente, as alianças partidárias são fundamentais para a consolidação dos projetos políticos dos partidos e candidatos, mas há ônus que os pré-candidatos assumem quando o pragmatismo soa como incoerência política. Em tempos de internet rápida, as declarações de Marconi Perillo, de repúdio ao PT, serão cobradas pelo eleitor no caso de eventual aliança PSDB/PT em Goiás. Como o próprio tucano afirmou, seus embates com o PT são de uma vida inteira.