Emedebistas não estão dispostos a facilitar a vida do prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, que deixou o MDB goiano recentemente sob o argumento de que o partido não teria sido democrático no processo de escolha do caminho que deveria seguir nas eleições do ano que vem.
Depois de uma ampla consulta realizada pelo presidente da legenda em Goiás, Daniel Vilela, 92% dos integrantes e lideranças do MDB decidiram que a aliança com o DEM do governador Ronaldo Caiado representa a melhor alternativa para 2022. Mendanha, no entanto, queria que o partido lançasse candidato próprio ao Governo. Voto vencido, preferiu deixar a legenda que o projetou politicamente.
Agora, os ex-correligionários defendem a tese de que o MDB deve fazer justiça ao nome do ex-prefeito da cidade, padrinho político de Gustavo Mendanha, Maguito Vilela, morto em janeiro deste ano vítima das complicações da Covid-19. Maguito foi infectado pelo vírus durante o início da campanha para prefeito de Goiânia, no ano passado. Ele ganhou a eleição para prefeito da capital, mas não chegou a assumir o mandato.
Segundo esses emedebistas, se Aparecida de Goiânia hoje é o que é, isso se deve a Maguito, que governou a cidade por dois mandatos, entre 2009 e 2016, e que, usando de toda sua competência administrativa e experiência acumulada ao longo de mais de 40 anos na política, transformou a cidade num grande polo industrial e um dos municípios que mais crescem em todo país.
A estratégia, segundo aliados do presidente Daniel Vilela, que é filho de Maguito Vilela, é deixar claro para a população que o ex-prefeito da cidade a colocou no patamar que hoje se encontra e que se o atual prefeito de Aparecida de Goiânia quiser se locupletar desse legado deverá dar o mérito a quem realmente o tem.
“Maguito transformou Aparecida de Goiânia, em todos os aspectos, e o próprio Gustavo é obra dele. O que defendemos é que o nome de Maguito seja imortalizado em Aparecida de Goiânia e que o seu legado não seja terceirizado”, explica um emedebista ouvido pela coluna.
Para essa turma, Gustavo Mendanha trai a memória de Maguito quando se aproxima de grupos políticos que sempre foram oposição ao MDB. “O próprio Mendanha jamais seria o que é hoje se não fosse o empenho de Maguito Viela”, finaliza.