O ex-governador de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), que governou o Estado por quatro mandatos desde 1999, é alvo de seis ações civis por ato de improbidade administrativa, todas movidas pelo Ministério Público de Goiás e que, juntas, pedem a indisponibilidade dos bens do tucano em valores que superam R$ 6,78 bilhões.
As ações interpostas contra Perillo são assinadas pelos promotores da área de defesa do patrimônio público, do MP goiano, Villis Marra, Fernando Krebs e Leila Maria de Oliveira. A última delas, proposta pela promotora titular da 50ª promotoria de justiça, Leila Maria, no último dia 12/02, questiona a concessão supostamente irregular de benefícios fiscais à empresa JBS/Friboi, em 2014, e pede o bloqueio de bens do tucano até o valor de R$ 3,9 bilhões.
O promotor Fernando Krebs, titular da 57ª promotoria de Defesa do Patrimônio Público de Goiânia, assina três ações contra Marconi Perillo e a promotora Villis Marra, da 78ª Promotoria, outras duas.
Além da remissão fiscal à JBS, que, segundo o MP-GO, causou prejuízos ao erário na ordem de R$ 1,3 bilhão, Marconi é acusado de deixar de aplicar cerca de R$ 2,2 bilhões na área da educação goiana e outros R$ 550 milhões em ações e serviços públicos de saúde. Pelo descumprimento dos índices constitucionais, o tucano está sendo compelido a devolver mais R$ 2,75 bilhões ao erário.