O Ministério Público de Goiás, por intermédio da 57ª Promotoria de Defesa do Patrimônio, em expediente assinado por seu titular, Promotor Fernando Krebs, instaurou inquérito civil público para investigar as péssimas condições em que se encontram os batalhões da Polícia Militar em Goiânia. A medida é uma resposta à representação encaminhada pela 79ª Promotoria de Justiça da capital, relatando supostas irregularidades e deficiências no âmbito das unidades e batalhões da Polícia Militar na Capital.
Segundo a representação, foram encontradas deficiências que se repetiram em diversos batalhões e companhias, cujos comandantes relataram uma série de irregularidades e más condições, como a falta de efetivo e deficiência de armamentos e viaturas. Verificou-se, também, que as estruturas físicas das unidades militares são deficitárias e inadequadas. Alguns prédios são insalubres, não passam por manutenção e apresentam problemas elétricos e hidráulicos.
A inspeção encontrou unidades militares que não possuem alojamentos, nem copa e nem espaço para atividades físicas. Ainda de acordo com o relatório, algumas unidades são tão desestruturadas que não há sequer banheiro e recinto para os policiais trocarem suas fardas e descansar. “Muitas não apresentam sequer água potável”, diz a promotora, assegurando que tais carências estruturais acabam inviabilizando uma efetiva prestação de serviços à sociedade por parte dos militares, além, é claro, de atentar contra a saúde e segurança dos policiais.