No pedido de prisão preventiva de Marconi Perillo, ex-governador de Goiás, o Ministério Público Federal diz ver fortes indícios de que o tucano montou e mantém uma sofisticada rede de lavagem de dinheiro formada por “empresas parceiras”, para ocultar a origem da propina recebida da Odebrecht. Segundo o MPF, tais fatos foram admitidos pelo próprio Jayme Rincón, preso na Operação Cash Delivery, da Polícia Federal.
De acordo com a peça endereçada ao juízo da 11ª Vara Federal de Goiás, o MPF suspeita, também, que o ex-governador utilizava parte da disponibilidade financeira decorrente das propinas recebidas para comprar o apoio político de candidatos aliados, na forma de financiamento fraudulentamente dissimulado como oficial de suas respectivas campanhas eleitorais, depois de eleitos ou reeleitos deputados estaduais esses aliados se viam com elevada dívida moral e política com Marconi.
Marconi Perillo chegou a ser preso no último 10 e foi solto 24 horas depois por força de um habeas corpus expedido pelo TRF-1. O tucano, no entanto, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.