O prefeito de Goiânia, Iris Rezende Machado (PMDB), esteve na manhã de hoje, 20/02, na Câmara Municipal de Goiânia para prestar contas do último quadrimestre da administração do antecessor, Paulo Garcia (PT). A determinação é uma exigência da legislação, que impõe ao atual ocupante do cargo de chefe do executivo a obrigação de prestar contas ao legislativo, mesmo que estas refiram-se a gestão anterior. Havendo irregularidades, no entanto, o ex-gestor é quem será responsabilizado.
Durante mais de 3 horas, Iris Rezende apresentou aos vereadores de Goiânia os resultados do exercício de 2016. Embora as contas tenham apresentado superávit primário de R$ 24 milhões, a situação financeira da prefeitura é preocupante, disse o prefeito. Um dos mais graves problemas encontrados pela atual administração, segundo Iris Rezende, diz respeito as chamadas disponibilidades de caixa, que em 2016 fecharam negativas em aproximadamente R$ 360 milhões. Somados aos restos a pagar não processados, que seriam de R$ 72 milhões, e à divida com o IPSM as obrigações de curto prazo somam mais ou menos R$ 580 milhões, o que tem sido um grande entrave para a nova gestão.
Apesar do cumprimento das vinculações constitucionais e das metas fiscais estabelecidas na LDO, o município tem um déficit mensal de cerca de R$ 30 milhões, afirmou o prefeito. “Não tenho lembranças de um momento preocupante como esse que vivemos na economia. É uma situação complexa, que exige de nós um esforço muito maior”, pontuou. Para ilustrar a situação precária que vive as finanças da prefeitura, Iris Rezende contou que “duas empresas que alugam máquinas e veículos para a prefeitura têm para receber cerca de R$ 100 milhões e elas paralisaram os serviços dois meses antes de assumirmos a gestão. Tudo isso requer negociação”, explicou.
