Os servidores públicos do Estado de Goiás vivem dias de incertezas. Ninguém sabe ao certo como serão os próximos meses. Que dia vão receber o pagamento, se haverá cortes ou não e como serão corrigidas as indefinições do ponto eletrônico, são apenas algumas das dúvidas.
Depois de anunciar um déficit mensal em torno de R$ 450 milhões, o que a impede de fazer o pagamento da folha dentro do mês trabalhado e até mesmo de definir, com antecipação, a data em que o pagamento será feito, notícias dão conta de que a Secretária Ana Carla Abrão prepara um “pacotão” visando diminuir as despesas com a folha de pagamento, hoje em torno de R$ 900 milhões, segundo a própria secretária.
Não bastasse o arrocho que já vêm sofrendo, como o parcelamento do salário, postergação de quinquênios, corte no abono de faltas justificadas e calote na data-base, os servidores podem estar na iminência de sofrerem novos e desagradáveis cortes nos próprios salários. A intenção da Sefaz-Go., segundo o que foi apurado, é cortar despesas e as medidas vão desde a demissão de comissionados e extinção de cargos, passando pela diminuição da carga horária e, concomitantemente, dos salários e cortes das gratificações.
Os próprios governistas dizem que dificilmente o Governador Marconi Perillo vá concordar com o tal pacotão, mas que, se vierem a ser implementadas as medidas ali contidas, inevitavelmente os servidores irão reagir e a possibilidade de uma greve geral é quase de 100%. O Pacotão da Sefaz/Go estaria ancorado nos estudos feito pela Consultoria Falconi.