Ao contrário do que é divulgado pela caríssima campanha midiática do Governo de Goiás, não vai nada bem em Goiás. A segurança pública no estado tem sido negligenciada, sobretudo pela falta de políticas públicas capazes de conter os altos índices de violência que assolam Goiás. Com déficits de efetivos nas polícias militar e civil, o Estado, governado por Marconi Perillo (PSDB), é um dos mais violentos do país.
De acordo com o mapa da violência no Brasil, estudo organizado pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Goiás é hoje o terceiro Estado com mais homicídios de mulheres no Brasil. Goiânia, com uma taxa de 9,6 assassinatos de mulheres por cada grupo de 100 mil goianas, é a 5ª capital mais violenta para as mulheres entre todas as outras do Brasil. Estamos a frente de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo.
O governo tenta jogar a população contra os agentes de segurança do estado, que cobram o reajuste acordado em lei em 2013, mas que foi postergado pelo governo para 2018. Isso tem gerado mais crises na segurança pública e a violência tem aumentado por isso. A Polícia Militar do estado tem hoje o mesmo efetivo de 16 anos atrás. De lá pra cá a população aumentou 50% e a PM continua contando com cerca de 12.800 policiais. A Polícia Civil, nesse período, reduziu seu efetivo em 50% e hoje tem pouco mais de 3.000 integrantes que se desdobram numa estrutura totalmente sucateada, com delegacias caindo aos pedaços, literalmente.
Sem políticas afirmativas, as mulheres e jovens são as vítimas preferenciais da escalada de violência que tomou Goiás nos últimos anos. Desde que Marconi Perillo assumiu o estado, em 1999, a violência cresceu 230% e saímos de 18º no ranking de mais violentos do país para a triste condição de 4º pior do país no ranking geral da violência.