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Política

“O povo quer a pacificação do país”, diz Caiado ao reafirmar pré-candidatura a presidente da República

Reafirmando a crítica que fez à tentativa de Bolsonaro de derrotá-lo em Goiânia e Aparecida de Goiânia, mas sem citar nomes dessa vez, o governador goiano disse que número de partido não ganha eleição e que para vencer disputas eleitorais é preciso ter humildade e não agir com imposições

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Em entrevista ao Podcast da Revista Exame, Ronaldo Caiado, governador de Goiás, reafirmou sua disposição de disputar a eleição presidencial em 2026

Em entrevista ao Macro em Pauta, podcast da Revista Exame, nesta terça-feira (05), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), reafirmou que tem o aval do seu partido, o União Brasil, para se apresentar como pré-candidato a presidente da República em 2026. Caiado aproveitou para fazer uma crítica velada ao ex-presidente Jair Bolsonaro, que esteve em Goiânia várias vezes durante a campanha para prefeito, emprestando seu apoio a Fred Rodrigues (PL), numa tentativa fracassada de derrotar o candidato governista Sandro Mabel (UB). Sem citar nomes, Caiado lembrou que quem escreve história é quem ganha eleição e que para ganhar eleição é preciso ter humildade e não querer impor a sua vontade, em detrimento daquilo que pede o eleitor.

“Se você é candidato, você tem que ganhar a eleição com a sua proposta. Do contrário, você fica sendo apenas aquele que se candidata e não ganha, que não consegue modificar em nada a política do seu país, do seu estado ou do seu município. Quem escreve história é quem ganha eleição. E para ganhar eleição, você tem que ter humildade, não pode querer que a sua vontade seja imposta a todos os brasileiros. Isso não seria democracia”, explicou.

Para Caiado, num processo democrático, é preciso respeitar o que a maioria deseja. Segundo o governador goiano, que foi o principal cabo eleitoral de Sandro Mabel, prefeito eleito da capital, e também do candidato Leandro Vilela (MDB), vencedor na segunda maior cidade do estado, Aparecida de Goiânia, as suas vitórias sobre os candidatos apoiados por Bolsonaro foram possíveis porque ele buscou os melhores nomes a partir de pesquisas qualitativas, que expressaram o perfil do candidato que a população buscava para gerir seus municípios. Numa menção mais direta ao ex-presidente Bolsonaro, Caiado criticou a presunção daqueles que acham que ganhariam eleições apenas por ostentarem o número 22.

“Agora, tem alguém que acha que, desde que o cidadão tenha o número 22, ele vai ser eleito independente do que ele seja. Então, você tem que ter o bom senso de entender que ninguém mais suporta candidatura de bolso de colete. O eleitor deseja que você, enquanto líder, busque um candidato que tenha competência administrativa e política para governar. Não é o que você quer impor à sociedade, é o que a sociedade está lhe dizendo”, sustenta.

Ronaldo Caiado enfatizou, mais uma vez, que a eleição de 2024 mostrou ao Brasil que ninguém aguenta mais a política de extremos que divide o país. Para o goiano, o brasileiro cansou de posições radicais e do discurso beligerante que tomou a política brasileira. Segundo ele, o eleitor não tolera mais o enfrentamento maniqueísta e ideológico que se viu nos últimos dois anos.

“A eleição de 2024 demonstrou que o povo cansou dos extremos. Ninguém aguenta mais essa conversa de extremo. O povo não quer guerra de secessão no Brasil, não quer o país dividido. O povo quer alguém que ganhe a eleição e que tenha capacidade de pacificar o Brasil. Quer alguém que seja capaz de governar para todos, que seja capaz de governar com alegria, com a paz e que tenha disposição de governar em harmonia com os demais poderes e dentro do regime democrático, buscando resultados”, frisou.

 

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