Apesar de informar à população que tem havido uma ampla discussão com setores da sociedade e com os próprios alunos e professores da rede pública de educação, a secretária de educação do Estado, Raquel Teixeira, não compareceu hoje à audiência pública promovida pela OAB-GO para definir o posicionamento da ordem no processo de terceirização das escolas públicas.
A ausência de Raquel Teixeira corrobora a reclamação dos mestres e alunos secundaristas quanto a falta de diálogo com os principais interessados no processo da gestão por OSs na educação do estado. Enquanto a propaganda do governo diz que houve essa discussão, a realidade mostra o contrário. O procurador chefe da advocacia setorial da Seduce, Anderson Máximo de Holanda, representou a secretária.
Segundo o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio Siqueira de Paiva, o objetivo da Ordem na audiência foi colher de maneira democrática, plural e aberta, todas as opiniões dos envolvidos diretamente na questão. “A Ordem tem sido cobrada para externar uma posição formal sobre o tema e, para que assim façamos, preferimos ouvir todos os segmentos diretamente interessados. A partir disso, levaremos o relatório ao nosso Conselho Seccional para, então, opinar formalmente”, disse.
Para o diretor da UBES, Gabriel Bernardes, a audiência pública foi muito importante para promoção de um efetivo diálogo entre todos os que serão diretamente afetados com a implantação das organizações sociais. “A OAB está fazendo o que o Governo deveria ter feito: chamar as entidades, os alunos, professores e pais para ouvir a opinião de cada um para, juntos, construirmos um projeto para melhorar a educação”, disse Gabriel.
Fonte: Portal OAB/GO.
