O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop), Jayme Rincón, ex-coordenador da campanha do candidato do PSDB a reeleição, José Eliton, preso na última sexta-feira, 28, na operação da Polícia Federal Cash Delivery, continuará preso por tempo indeterminado.
Na noite de ontem, 2, o juiz Rafael Ângelo Slomp, da 11ª Vara Federal de Goiás, converteu a prisão de Jayme Rincón, a princípio temporária por cinco dias, em prisão preventiva, sem prazo de duração definida. Também teve a prisão convertida o policial militar e motorista de Rincón, Márcio Garcia de Moura.
De acordo com o magistrado, a liberdade de Jayme Rincón e Márcio Garcia representam ameaça concreta à ordem pública e a necessidade da custódia cautelar se impõe pela conveniência da instrução criminal, de caráter eminentemente instrumental, com vistas ao correto andamento da investigação e de eventual processo criminal.
Na decisão de ontem, o juiz da 11ª Vara Federal fez questão de apontar a influência que os investigados na operação Cash Delivery exercem no Governo de Goiás, citando nominalmente o ex-governador do Estado, Marconi Perillo.
“Some-se a este fato, conforme informação trazida pelo Ministério Público Federal, o poder de influência daquele apontado como o líder da organização e destinatário dos valores das propinas – o ex-Governador Marconi Perillo -, que mantém forte influência no Governo do Estado”, escreveu.
Segundo o magistrado, a organização criminosa investigada, além de estar em atividade, vem adotando medidas de autoproeteção, evitando a elucidação dos fatos e, por conseguinte, seu desbaratamento.