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Política

Operação na Goinfra ocorre após denúncias de órgãos de controle do próprio Governo de Goiás

Investigação a cargo da Polícia Civil apura irregularidades em um contrato entre a Agência Goiana de Infraestrutura e uma empresa privada, sediada no Distrito Federal, que podem ter causado um prejuízo de cerca de R$ 10 milhões aos cofres públicos

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Órgãos de controle do próprio Governo de Goiás detectaram irregularidades na Goinfra e acionaram a Polícia Civil

A partir de denúncias de irregularidades apontadas por órgãos de controle do próprio Governo de Goiás, a Polícia Civil, através da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (Deccor), deflagrou a Operação “Obra Simulada” para investigar crimes relacionados a um contrato firmado entre a Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes (Goinfra) e uma empresa privada, sediada no Distrito Federal, cujo objeto seria a manutenção de prédios públicos. Segundo a PC, o prejuízo ao erário pode ultrapassar os R$ 10 milhões.

As irregularidades chegaram ao conhecimento das autoridades policiais por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas por órgãos de controle do Governo de Goiás, a exemplo da Controladoria Geral do Estado (CGE), Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e ainda pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra. O contrato que ensejou a investigação envolvia a reforma de 26 prédios públicos do Governo de Goiás, com valor estimado de R$ 28 milhões.

Na operação de hoje, a Deccor cumpre 114 mandatos judiciais, sendo a maioria deles (32) que determinam o afastamento de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático, além de 26 mandados de bloqueios de bens e valores, 24 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal. o ex-presidente da Goinfra, Lucas Vissotto, que foi exonerado em abril de 2024, é um dos alvos dos mandados de prisão temporária.

As primeiras investigações da Polícia Civil apontam que houve pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições injustificadas para justificar notas fiscais fraudulentas. Os suspeitos podem responder por crimes como associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e fraudes.

Nota do Governo

Em nota enviada à imprensa, o Governo de Goiás enfatizou que a denúncia partiu dos seus próprios órgãos de controle e que tem como premissa a tolerância zero com qualquer eventual desvio de conduta no trato do dinheiro público.

A gestão estadual assegurou que colaborou e seguirá colaborando com as investigações para que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, os responsáveis sejam devidamente punidos no rigor da lei.

Veja íntegra:

NOTA À IMPRENSA

Em relação à Operação Obra Simulada, deflagrada pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) nesta terça-feira (28/1), o Governo de Goiás esclarece que:

– Conforme divulgado pela PCGO, as suspeitas de irregularidades foram levantadas pelo próprio Governo de Goiás, por meio de seus sistemas internos de controle, e devidamente comunicadas às autoridades policiais para as providências necessárias.

– A atual gestão estadual tem como premissa tolerância zero com qualquer desvio de conduta no trato do dinheiro público. A gestão não ‘passa pano’ para ninguém e não há possibilidade de segunda chance.

– O Governo de Goiás colaborou e seguirá colaborando ativamente com as investigações, de forma que os fatos sejam devidamente apurados e, uma vez comprovadas as irregularidades, todos os envolvidos sejam punidos com rigor.

Secretaria de Comunicação – Governo de Goiás

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