A Prefeitura de Goiânia divulgou nesta terça-feira (31/01) o Relatório Resumido da Execução Orçamentária (RREO), referente ao exercício de 2022. Assim como no exercício anterior, os números das contas publicadas mostram um baixo percentual de recursos empenhados para investimentos no município em todo o ano passado. Dos R$ 551,6 milhões inscritos como “dotação atualizada” foram efetivamente empenhados para a rubrica investimentos apenas R$ 156,3 milhões, ou 29,4% do previsto. O saldo não executado somou R$ 395,2 milhões.
Por outro lado, o município fechou o ano com uma robusta disponibilidade de caixa líquida: R$ 1,43 bilhão depois da inscrição dos restos a pagar processados, que foi de R$ 109,2 milhões. A dívida consolidada líquida alcançou R$ 103,5 milhões, ou 1,54% da Receita Corrente Líquida (RCL), bem abaixo, portanto, do máximo permitido por resolução do Senado Federal, que é de 120% da RCL.
A gestão Rogério Cruz (Republicanos) cumpriu o mínimo constitucional para a Educação e Saúde. Na Educação municipal, dos 25% da arrecadação com impostos que devem ser aplicados na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE), exigidos pela CF/88, foram investidos pelo Paço R$ 1,178 bilhão, ou 25,79% da receita com impostos. Na Saúde a Prefeitura investiu 16,14%, frente aos 15% da RCL exigidos.
A despesa com pessoal do município de Goiânia alcançou 46,29% da Receita Corrente Líquida, ou R$ 3,1 bilhões. O índice permanece abaixo do máximo permitido, que é de 54%. Em 2022, a Prefeitura de Goiânia arrecadou R$ 7,46 bilhões e empenhou R$ 7,09 bilhões, obtendo um superávit orçamentário de R$ 370,5 milhões. As despesas efetivamente pagas pelo município no ano passado somaram R$ 6,963 bilhões.