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Política

Para justificar baixa aprovação da gestão municipal, Jovair Arantes diz que Rogério Cruz é vítima de perseguição

Auxiliar do prefeito de Goiânia atribui avaliação negativa da gestão municipal à suposta perseguição política, embora não haja elementos que confirmem tal suspeita. Segundo pesquisa Serpes/O Popular, a administração de Cruz é considerada ruim ou péssima por 55,4% do eleitorado goianiense

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Jovair Arantes, secretário Municipal, nega que desaprovação da gestão de Rogério Cruz seja fruto de incompetência

O secretário Municipal de Governo da Prefeitura de Goiânia, Jovair Arantes (Republicanos), alega que, ao contrário do que apontou a pesquisa Serpes/O Popular, divulgada no último sábado (20/07), o prefeito da capital, Rogério Cruz (Republicanos), pré-candidato à reeleição, não faz uma gestão ruim, nem tampouco seria incompente. De acordo com os números da pesquisa, Cruz tem apenas 7% das intenções de voto e é o mais rejeitado entre todos os outros pré-candidatos, com 43% dos entrevistados dizendo que não votariam nele de jeito nenhum.

Para justificar o fato da administração de Rogério Cruz ser considerada ruim ou péssima por 55,4% da população goianiense, segundo o levantamento Serpes, o ex-deputado federal preferiu culpar o que chamou de “elite política goianiense”. Sem citar exatamente quais os atores que integrariam essa suposta elite política, Arantes apontou haver discriminação contra Rogério Cruz.

“Existe uma má vontade da elite política goianiense com relação ao Rogério. Por ser de fora, por ser negro e por ser evangélico. Há uma perseguição a ele, porque ele não é da elite política daqui. Eu sou e os pré-candidatos que estão aí contra ele são todos da elite política. Existe essa má vontade e querem taxar o Rogério como um forasteiro”, disse o auxiliar do prefeito ao jornal O Popular.

Nos bastidores da política, no entanto, o que se comenta é que Rogério Cruz e seus aliados, aí incluído Jovair Arantes, buscam criar factoides para minimizar o que chamam de desastre que é a atual gestão do Paço. O que predomina em privado é que o prefeito, que herdou a gestão de Maguito Vilela, morto em janeiro de 2021 vítima da Covid-19, optou por um caminho arriscado quando rompeu com o MDB, partido que de fato havia vencido as eleições em 2020.

“O próprio Jovair, quando chegou ao Paço, denunciou que havia muitos “prefeitinhos” na gestão e que isso dificultava a tomada de decisões pelo prefeito. Ou seja, Cruz optou por uma gestão fincada no fisiologismo e não se sustentou. Daí o fracasso da sua adminsitração”, diz um crítico da sua gestão.

Rogério Cruz assumiu definitivamente a cadeira de prefeito titular em 15 de janeiro de 2021. Em abril daquele ano, o grupo do hoje vice-governador e presidente estadual do MDB, Daniel Vilela, deixou o Paço. Desde então, o atual prefeito enfrenta dificuldades e forte rejeição da população goianiense.

Com a gestão marcada por interferências de vereadores e crises que afetam serviços essenciais, como coleta do lixo e saúde, além de escândalos de corrupção, o atual prefeito mantém a disposição de concorrer à reeleição, mas vem perdendo importantes apoios de aliados. Esse esvaziamento da sua pré-candidatura vai deixando ainda mais difícil a possibilidade de sucesso de Cruz ter um novo mandato de prefeito outorgado pelo eleitorado de Goiânia.

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