Paulo Ortegal, coordenador da equipe de transição do prefeito eleito Sandro Mabel, lembrou que o ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende entregou a gestão ao final de 2020 com um superávit de caixa perto de R$ 1 bilhão e todos os índices fiscais absolutamente equilibrados. Segundo ortegal, que trabalhou com Iris por 39 anos, sempre ocupando lugar de destaque nas administrações iristas, cerca de R$ 480 milhões de recursos não vinculados foram deixados por Iris, o que daria para pagar quatro folhas de servidores do município de Goiânia.
“O Iris passou a prefeitura para o Rogério Cruz com quase R$ 1 bilhão em caixa. Desse R$ 1 bilhão, alguns recursos poderiam ter alguma vinculação com a área da saúde e da educação, mas nós deixamos R$ 480 milhões que o prefeito que assumiu poderia dar qualquer destinação, que era recurso livre em caixa. Até fizemos uma comparação à época: dava para pagar quatro folhas de pessoal da prefeitura. Iris não deixou nenhum déficit”, frisou Ortegal, em entrevista ao jornalista Jackson Abrão, do jornal O Popular, na manhã desta segunda-feira (02/12).
De acordo com o principal nome da transição, a situação fiscal de Goiânia hoje é preocupante, mas que ainda não é possível cravar o tamanho do rombo que o prefeito Sandro Mabel irá herdar da atual gestão, já que essa conclusão depende, entre outras questões, do pagamento da folha de dezembro, por exemplo. Para Ortegal, o problema de Goiânia vai além da situação fiscal e inclui as dificuldades estruturais da atual gestão.
“O problema da prefeitura [de Goiânia] não é só uma questão fiscal. Nós temos questões na área da Educação, que diz respeito a um déficit de nove mil vagas na educação infantil, nós temos na área da saúde, dificuldades que toda população está vivendo no momento, nós temos na área da infraestrutura, na coleta de lixo, entre outras. Então, eu diria que é uma situação preocupante”, pontuou.
Ao falar do legado deixado por Iris Rezende, principalmente no último mandato à frente da Prefeitura de Goiânia, Paulo Ortegal lembrou que o emedebista deixou a gestão com aprovação perto de 80% e com o pleno reconhecimento da população goianiense. De acordo com o ex-auxiliar do Paço, Iris resolveu não se candidatar à reeleição por uma decisão pessoal, mas que as pesquisas o apontavam como favorito no pleito daquele ano, inclusive com chances de vencer já no primeiro turno.
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