Sob o título “Estados usaram Restos a Pagar para fazer superávit primário”, a Revista Valor Econômico publicou uma esclarecedora reportagem sobre a situação financeira dos estados, que cancelaram gastos processados e não processados para fechar suas contas. Goiás não foi diferente.
“Em Goiás, os restos a pagar inscritos em 2016 cresceram 63% em relação aos do ano passado e chegaram ao equivalente a um quinto da receita corrente líquida do Estado em 2015. “Essa elevação mostra a difícil realidade de Goiás em 2015 e deixa clara a diferença entre equilíbrio orçamentário e financeiro”, conta a secretária da Fazenda goiana, Ana Carla Abrão”, diz a reportagem.
O que torna a situação mais grave, segundo a reportagem, é o fato de boa parte das dívidas inscritas em restos a pagar serem de gastos já processados – aqueles em que já houve a entrega dos produtos ou serviços mas não foi feito o pagamento. “Ou seja: é um calote do setor público com efeito direto no caixa dos fornecedores e, consequentemente, na economia local”, diz a Revista.
Ouvida, a Secretária Ana Carla Abrão disse à reportagem que só no ano passado o Estado deixou como restos a pagar R$ 3,5 bilhões, incluindo os processados e não processados e que a maioria dos restos a pagar processados aconteceram por atraso nos pagamentos de custeio, mais precisamente a fornecedores de contrato em prestação contínua, como vigilância, limpeza e locação de veículos.
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