Integrante do Conselho de ética do PMDB goiano e relator do processo que culminou com a expulsão de Júnior Friboi dos quadros do partido, o peemedebista Dorival Barsanulfo Mocó, o Dori, chamou de “vergonhosa” a atitude dos integrantes da chapa concorrente à eleição do Diretório estadual do partido, liderada pelo deputado federal Daniel Vilela.
“Ontem foi um dia triste para o PMDB goiano”, escreveu Dori na sua página no facebook. Segundo ele, para evitar a derrota iminente pela disputa do Diretório atual, Vilela e sua turma judicializou a disputa, conseguindo na justiça a suspensão da convenção. Uma liminar concedida em ação impetrada pelo ex-deputado José Essado proibiu que o partido realizasse a eleição, marcada para ontem, 29/10.
Com a estratégia, pela primeira vez na história, o PMDB de Goiás ficará sem comando e deve ser dirigido por uma comissão provisória a ser indicada pela executiva nacional, presidida pelo vice-presidente da república, Michel Temer.
Para Dori, o imbróglio explicita a incompetência do partido para atuar numa questão absolutamente interna, deixando transparecer uma completa falta de sintonia, respeito e coerência de seus atuais dirigentes. “Faltou bom senso e respeito com a história do PMDB. Uma vergonha”, disse Dorival.
Nos bastidores, a informação é que o deputado federal Daniel Vilela comemorou a decisão e avaliou como uma vitória sobre o grupo de Iris Rezende o fato da justiça ter barrado a eleição. Analistas políticos dizem que a incompetência do PMDB em lidar com suas questões internas enfraquece o partido e favorece o governador Marconi Perillo e toda a base aliada.