Pesquisa Mais Goiás para o governo de Goiás mostra-se alvissareira para Daniel Vilela (MDB) e Adriana Accorsi (PT), ao mesmo tempo que desenha um cenário especialmente difícil para o tucano Marconi Perillo e para o senador Wilder Morais (PL). Na estimulada, o levantamento traz Daniel Vilela à frente, com 26,12%; Marconi em segundo, com 16,75%; Adriana em terceiro, com 11,37%; e Wilder, em último, com 9,87%.
Apesar de ser o candidato mais conhecido dos goianos, já que foi quatro vezes governador do Estado, Marconi Perillo aparece com quase 10 pontos atrás do líder, um distanciamento que, na avaliação de analistas, refletiria os desgastes experimentados nos seus dois últimos mandatos.
A alta rejeição (33,6%) do tucano é um claro indicativo do passivo político acumulado ao longo da sua trajetória política, que não teria sido totalmente resolvido. Nesse sentido, Marconi se vê diante do desafio de recuperar a confiança de um eleitorado que mostra que não esqueceu os episódios negativos que marcaram sua administração.
Já para Wilder, que ainda não atingiu os dois dígitos de intenção de voto, a difícil missão é conquistar a confiança do cacique do PL, Jair Bolsonaro, que já declarou que vai priorizar a eleição para o Senado, em detrimento da majoritária para o governo.
A derrota nas eleições para prefeito de Goiânia e Aparecida também têm um peso considerável no mau resultado que o liberal teve na pesquisa. Esse baixo apelo eleitoral e o distanciamento de Bolsonaro são entraves que apontam um caminho difícil para Wilder, em uma possível disputa estadual em 2026.
Ala radical do PL em Goiás empurra Wilder para o isolamento
Nos bastidores, o mau resultado do senador Wilder Morais na pesquisa Mais Goiás é debitado ao radicalismo de correligionários do presidente do PL goiano, condutas que, segundo sustentam os críticos, aprofunda o isolamento do partido e que, a exemplo do que aconteceu em Goiânia e Aparecida no ano passado, empurra a legenda para derrotas que tem consequências direta para o projeto de Wilder.
Adriana Accorsi supera últimos números do PT em Goiás
Em terceiro no levantamento de intenção de voto para o governo em 2026, com 11,37% das menções, Adriana Accorsi (PT) supera o desempenho que seus correligionários tiveram nas duas últimas disputas para o governo de Goiás. Em 2018, o PT disputou a majoritária estadual com Kátia Maria, que ficou em 4º lugar, com 9,16% dos votos válidos. Em 2022, o PT teve seu pior resultado com Wolmir Amado, que alcançou apenas 6,98% dos sufrágios.
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