Uma eventual candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), à presidência representa, sobretudo, o resgate da direita genuína no Brasil, com uma proposta de unir forças políticas e um eleitorado que rejeita a polarização vigente. Caiado se apresenta como uma figura que pode transitar entre os campos da direita e do centro, sem cair na radicalização que marca boa parte do debate político atual.
Do alto da sua condição de governador mais bem avaliado do Brasil, com aprovação em Goiás que chega a 86%, Caiado se apresenta com foco na pacificação do Brasil, com grande potencial para atrair aqueles que desejam superar os antagonismos ideológicos e ver o país retomar um caminho de estabilidade e diálogo.
Exatamente por isso, o movimento do governador goiano enfrenta resistências, principalmente entre grupos ligados ao presidente Lula e entre os que ainda alimentam a esperança de herdar o espólio político do ex-presidente Jair Bolsonaro. Esses setores apostam na radicalização como arma eleitoral.
Contudo, essa estratégia parece ser um equívoco, considerando o cenário atual de fragmentação do bolsonarismo, o desgaste da extrema-direita e a queda livre da aprovação do governo Lula. A insistência de Bolsonaro em manter-se na disputa presidencial, mesmo sendo inelegível até 2030, reflete uma divisão interna que enfraquece a base bolsonarista.
Nesse contexto, a pré-candidatura de Caiado se apresenta como uma alternativa moderada e pragmática, capaz de dialogar com diferentes segmentos da sociedade, atraindo aqueles que querem ver um Brasil pacificado e longe da polarização extremada, mantendo, entretanto, os princípios da direita tradicional.
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