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Política

Prefeitura de Goiânia: muito dinheiro em caixa, baixo investimento e inchaço da máquina

Números do 2º quadrimestre de 2023 da gestão de Rogério Cruz apontam crescimento das despesas com pessoal em quase R$ 500 milhões. Assim como ocorreu em 2021 e 2022, o Paço teve dificuldades para executar o orçamento previsto para investimentos, liquidando, em 2023, apenas 14,83% da dotação prevista para o exercício

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Prefeitura de Goiânia registrou déficit orçamentário de R$ 87,7 milhões no 2º quadrimestre de 2023

A Prefeitura de Goiânia divulgou na última sexta-feira (29/09) os números fiscais do 2º Quadrimestre de 2023. Mais uma vez, assim como ocorreu nos dois primeiros anos, a gestão de Rogério Cruz continua tendo dificuldades para executar o orçamento previsto para investimentos. Dos R$ 681,6 milhões previstos para essa rubrica em 2023, a prefeitura empenhou apenas R$ 301,7 milhões, ou 44% da dotação atualizada. Se considerados os valores efetivamente liquidados, ou seja, bens e serviços entregues, o resultado é ainda pior. As despesas liquidadas para investimentos chegaram a apenas R$ 106,9 milhões, o que representa 14,83% do previsto, ou 35,4% do montante empenhado.

Por outro lado, o Paço continua acumulando uma robusta disponibilidade de caixa, embora o saldo acumulado até o 2º quadrimestre deste ano seja cerca de R$ 38 milhões menor do que o registrado ao final do ano passado. Até agosto deste ano, a prefeitura de Goiânia contava com R$ 1,427 bilhão líquidos no caixa, já descontados os restos a pagar processados.

Nos primeiros oito meses de 2023, a prefeitura de Goiânia experimentou um déficit orçamentário, apurado pela diferença entre Receitas Realizadas e Despesas Liquidadas, na ordem de R$ 87,7 milhões. O município registrou R$ 5,2 bilhões de receitas realizadas e R$ 5,28 bilhões de despesas liquidadas.

O déficit pode ser explicado pelo inchaço da máquina. A despesa com pessoal do Paço cresceu R$ 493 milhões, ou 14,43%, se comparada com os valores apurados até dezembro de 2022, e chegou a 50,59% da Receita Corrente Líquida Ajustada, dois pontos percentuais acima do limite de alerta. Nesse ritmo, alertam especialistas, são grandes os riscos de o município extrapolar o limite máximo de gastos com pessoal, que é de 54% da RCL, ao final do exercício.

Embora o Paço tenha aplicado 25,85% da receita de impostos em manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE), cerca de R$ 27 milhões acima do mínimo constitucional exigido, a gestão de Rogério Cruz enfrenta uma greve dos servidores efetivos da educação que trabalham nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Eles cobram, além de melhoria salarial e pagamento do database, aprovação de um plano de cargos e salários para a categoria.

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