O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), em entrevista à Folha de Pernambuco, confirmou que pretende trabalhar junto ao seu partido para construir sua candidatura a presidente da República nas eleições de 2026. Para Caiado, “o Brasil tem que dar certo, como Goiás deu”, e acredita que a excelência da sua administração em Goiás, uma vez conhecida pelo restante do País, terá força para alavancar uma candidatura viável do ponto de vista político/eleitoral, ressaltando que isso dependerá, também, do sucesso na construção de alianças partidárias.
Sobre sua gestão, Ronaldo Caiado avalia que a sua dedicação ao governo do estado é, sem dúvidas, um dos principais elementos que garantem o sucesso da sua administração em Goiás. Segundo Caiado, um governador tem que se responsabilizar pelos problemas do seu estado e assumir as posições que efetivamente possam corrigir as distorções e assim atender as demandas da sua população.
“Não tem como você terceirizar a responsabilidade de um governador. Ele tem que assumir o dia a dia do governo, tem que estar atento a todas as ações que estão ocorrendo, e tem que ter também autoridade, chamar a atenção, caso os assessores não cumpram aquela determinação ou não alcancem os resultados pretendidos pelo projeto de governo. Essa é a rotina, esse é o trabalho, e não tem milagre que vai acontecer se o gestor realmente não tomar as rédeas do governo”, explicou.
Perguntado se teria recebido com surpresa o resultado da pesquisa Atlas/Intel, que o coloca como o governador mais bem avaliado do Brasil, Caiado avaliou que a coerência entre o seu discurso e a prática, assim entendidas as realizações do seu governo, faz com que a população tenha uma clara percepção da realidade, e isso, obviamente, impacta na avaliação do administrador.
“Eu costumo dizer que a figura do governador é a figura que realmente faz com que as pessoas acreditem ou não naquilo que ele fala. Se entre os discursos e a prática tem uma distância enorme, não tem por que a população o reverenciar e muito menos bater continência, porque realmente ele não está fazendo o que prometeu em campanha”, frisou.
O levantamento Atlas/Intel, realizado em todo o Brasil nos últimos dias do ano passado, apontou que Ronaldo Caiado é aprovado por 72% dos eleitores, o maior índice entre todos os outros colegas governadores do país. Apenas 14% disseram desaprovar a gestão de Caiado, outros 14% não opinaram. Em segundo lugar no ranking aparece o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que tem 69% de aprovação, seguido por Antônio Denarium (Progressistas), governador de Roraima, que é aprovado por 66% da população do seu estado.
Caiado credita sua excelente aprovação, entre outros avanços, às ações de enfrentamento ao gargalo da segurança pública. Chefe do executivo de um dos estados que mais reduziu a criminalidade no País, segundo estudo do Atlas da Violência, o governador goiano explicou que, além de assumir responsabilidades, deu e continua dando as condições para que a polícia trabalhe dentro das regras e dos limites da lei. Desde 2019, nenhum episódio de assalto a banco, no estilo novo cangaço, foi registrado em Goiás.
“Há ações também na educação de qualidade, saúde interiorizada, que antigamente não existia, só tinha leitos de UTI em Goiânia. Então, com todo esse trabalho, graças a Deus estamos fazendo um governo que é referência nacional também na educação e na saúde. Essa pesquisa (Atlas/Intel) só aumenta ainda mais a minha responsabilidade, porque realmente chegar nesse índice de aprovação, a partir de agora tenho que trabalhar dobrado. Não sei qual hora da noite vai ficar reservada para dormir. Agora é trabalhar cada vez mais”, ressalta.
Candidatura a presidente
Ronaldo Caiado confirmou que trabalha dentro do seu partido, o União Brasil, para construir condições de se lançar candidato a presidente do Brasil em 2026. Com a experiência de ter sido cinco vezes deputado federal, senador e duas vezes eleito governador do estado, além de ter concorrido ao Planalto em 1989, Caiado avalia que, para se viabilizar candidato ao cargo máximo da República, precisa avançar na construção de alianças partidárias e ter o apoio dos seus correligionários.
“O tempo me deu mais experiência. Tive cinco mandatos de deputado federal, fui senador e estou no segundo mandato de governador em Goiás. Sinto-me, portanto, uma pessoa preparada para governar o País. Mas é lógico que não existe uma candidatura isolada para presidente da República, existe uma candidatura do partido e eu tenho trabalhado junto ao União Brasil para que eu possa ter a condição de sair candidato pelo partido e avançar na construção de alianças, nas coligações partidárias”, explicou.
O governador goiano diz que tem consciência da complexidade que cerca todo o processo para se chegar ao lançamento de uma candidatura a presidente do Brasil minimamente viável, e que um dos seus maiores trunfos é justamente a excelência da sua administração em Goiás. Caiado ressalta, também, que o seu estilo, já conhecido por boa parte dos brasileiros, soma-se àquilo que a população espera de um governante, que é o seu nível de independência, para que, sem “rabo preso”, possa responder aos anseios do seu povo.
“Quero que o Brasil conheça o que fizemos e estamos fazendo por Goiás. O Brasil tem que dar certo, como Goiás deu. O que estamos fazendo aqui é a certeza de um modelo para colocar o Brasil no rumo certo. O que nós precisamos hoje na política nacional são de pessoas que tenham espírito público, independência moral e intelectual para poder governar”, pontuou.
