Em nota divulgada agora a pouco, o Governo de Goiás anunciou o procurador do Estado Rafael Gonçalves Santana Borges, que vinha respondendo pela procuradoria setorial da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, como reitor interino da Universidade Estadual de Goiás (UEG). A nomeação se dá depois da renúncia de Ivano Devilla, que também vinha ocupando interinamente o cargo, depois da saída de Haroldo Reimer, em abril deste ano.
Rafael Borges é graduado em Direito pela Universidade Federal de Goiás e pós-graduado em Direito Tributário pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Atua desde o começo do ano no cargo de Procurador Setorial da Secretaria de Desenvolvimento e Inovação, à qual a Universidade Estadual de Goiás é vinculada, e nessa condição vem acompanhando a crise instalada na UEG há mais de seis meses.
De acordo com a nota, ao assumir a gestão da UEG, o Governo de Goiás assegura à sociedade e à comunidade acadêmica que nenhuma sala de aula será fechada e que haverá vestibular em 2019. Garante, também, que os alunos terão assegurado seu direito à formatura e à continuidade da vida escolar. O trabalho de reestruturação da gestão da UEG, segundo o governo, será conduzido com total transparência e a máxima responsabilidade, de modo a garantir a sua reconstrução.
“A Universidade Estadual de Goiás (UEG) é um patrimônio dos goianos, e, como tal, é dever do Governo de Goiás defendê-la e garantir sua excelência acadêmica e institucional. Infelizmente, a história recente da UEG evidencia um cenário de total irresponsabilidade administrativa. Dois ex-reitores foram presos e um terceiro responde a processo por fraude no PRONATEC. Em seis meses, dois reitores renunciaram, e a instituição está, neste momento, sem nenhum pró-reitor nomeado”, diz a nota do Governo.
Leiam, na íntegra, a nota emitida pelo Governo de Goiás
NOTA OFICIAL
A Universidade Estadual de Goiás (UEG) é um patrimônio dos goianos, e, como tal, é dever do Governo de Goiás defendê-la e garantir sua excelência acadêmica e institucional. Infelizmente, a história recente da UEG evidencia um cenário de total irresponsabilidade administrativa. Dois ex-reitores foram presos e um terceiro responde a processo por fraude no PRONATEC. Em seis meses, dois reitores renunciaram, e a instituição está, neste momento, sem nenhum pró-reitor nomeado. A situação financeira da UEG é muito grave, pois mesmo com seu orçamento para 2019 aumentado em cerca de 30%, não têm conseguido fazer frente às duas despesas, que, a ser mantido o atual cenário de descontrole, devem passar dos 317 milhões de reais. O Conselho Superior Universitário não respondeu aos desafios do descalabro administrativo em que a UEG foi jogada por anos de uso político e evidente malversação dos recursos públicos. Nem mesmo o vestibular de 2020 foi garantido, e decisões judiciais não estão sendo cumpridas.
Assim sendo, e com base na prerrogativa assegurada pelo estatuto da UEG, que confere ao governador do Estado de Goiás a definição de rumos para Universidade em situação de caos — como a que vivemos hoje –, está sendo nomeado reitor da UEG o Dr. Rafael Borges, procurador do Estado, pelo período necessário à restituição da instituição a uma condição de normalidade.
Ao assumir a gestão da UEG, o Governo de Goiás assegura à sociedade e à comunidade acadêmica que: nenhuma sala de aula será fechada; haverá vestibular em 2019; os alunos terão assegurado seu direito à formatura e à continuidade da vida escolar. O trabalho de reestruturação da gestão da UEG será conduzido com total transparência e a máxima responsabilidade, de modo a garantir a sua reconstrução. A UEG tem como destino a excelência e a responsabilidade com o ensino, pesquisa e extensão, e como centro formador de profissionais qualificados é fundamental ao pleno desenvolvimento de Goiás e do Brasil e ao enfrentamento das desigualdades regionais. Assim que possível, serão realizadas eleições, com a Universidade saneada e pronta para servir a Goiás na plenitude das suas capacidades.
Governo de Goiás