Números da própria Secretaria de Segurança Pública de Goiás apontam que o índice de homicídios na capital do estado nos cinco primeiros meses de 2015 permaneceram idênticos aos do mesmo período do ano anterior. Entre janeiro e maio de 2015, segundo a SSP-GO., morreram assassinadas em Goiânia 236 pessoas, o mesmo número de vítimas mortas no período de janeiro a maio de 2014.
Lamentavelmente, o Governo de Goiás comemora a “estabilização” desses números. Em um ano não foram empreendidas ações concretas e objetivas que pudessem diminuir a epidemia de homicídios na capital.
Goiânia, segundo a ONG mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública, está entre as cidades mais violentas do mundo, ocupando a 23ª colocação, com taxa de homicídios de 44,56 mortes por cada grupo de 100 mil habitantes. Para a Organização Mundial da Saúde – OMS, taxas superiores a 10 homicídios/100 mil moradores é considerada epidemia.
Além da falta de projetos na área da segurança, Goiás sofre com o déficit de pessoal na Polícia Militar, que seria de aproximadamente 12 mil policiais, segundo estimativas do promotor Fernando Krebs. A Polícia Civil trabalha com metade do contingente ideal, a Polícia Técnico Científica esta sucateada e a área de execução penal tem os piores indicativos de todos os tempos. Tudo isso contribui para o assustador quadro da violência em Goiânia.
Ainda assim o Secretário de Segurança, Joaquim Mesquita, teima em não atender determinação da justiça para convocação dos aprovados no último concurso da PM/GO. 1.461 concursados estão aptos a iniciarem o curso de formação de policiais militares e assumirem suas funções, somando-se ao efetivo atual na defesa dos cidadãos goianos.
