Já sofrendo na pele o arrocho implementado pela Secretaria da Fazenda, os servidores públicos estaduais de Goiás ficaram ainda mais preocupados com a revelação da doutora Ana Carla Abrão acerca da situação financeira do estado.
Em entrevista à Radio 730am, a comandante da Fazenda Estadual disse que o déficit mensal em Goiás hoje é de R$ 450 milhões. Segundo ela, essa é a quantia que falta ao Estado todos os meses para que o pagamento da folha seja feito dentro do mês trabalho. Diante desse desequilíbrio, Ana Carla reforçou que o Governo deve aumentar a pressão sobre os servidores e continuar com os cortes na folha.
A secretária disse, também, que mesmo que o Governo consiga levar a leilão a Celg, o dinheiro não seria usado para pagar despesas de custeio. Dessa forma o desequilíbrio permaneceria e os servidores públicos continuariam pagando a conta.
O déficit apontado pela Sefaz corresponde a 50% da folha de pagamento do funcionalismo do estado, que, segundo a secretária, é de R$ 900 milhões. A arrecadação teria que ter um incremento de 25% para que fosse sanado esse descompasso entre receitas e despesas, o que, convenhamos, não é uma tarefa fácil.
Ana Carla afirmou, ainda, que o Estado não tem como prever, com antecedência, como será feito o pagamento da próxima folha, já que é preciso esperar a arrecadação real para então saber como poderá ser feito o pagamento aos servidores. Ela adiantou que deve intensificar a política de fiscalização do ponto eletrônico, implantado recentemente. O enxugamento da folha, segundo a Secretária, é uma das prioridades do governo.