Apenas o rombo na conta centralizadora do Estado de Goiás em 2014, que o TCE-GO chamou em seu relatório técnico de aprofundamento do descompasso financeiro do Estado, no valor de R$ 633.914.996,42, daria para construir 4 hospitais do mesmo porte do Hugol, o hospital de urgências da região noroeste de Goiânia, recentemente inaugurado pelo Governo do Estado.
Essa comparação serve para mostrar ao povo goiano o quão grave é o “descompasso financeiro” do Estado, que atingiu os números mais críticos da história de Goiás nesse início do quarto mandato de Marconi Perillo (PSDB).
O Tribunal de Contas esclareceu, em parecer pela questionável aprovação das contas de 2014 de Perillo, que o saldo negativo na conta centralizadora do Estado atingiu R$ 1,492 bilhão em 31/12/2014. Já a dívida consolidada do Estado chegou a R$ 17,5 bilhões, um crescimento de 114% se comparada com o saldo observado no ano 2000, que era de R$ 8,1 bilhão.
Toda essa fortuna que desapareceu do caixa da conta centralizadora do Estado, entre 2006 e 2014, daria para construir praticamente 10 hospitais do mesmo tamanho do Hugol. Se considerarmos o aumento da dívida consolidada do Estado, algo em torno de R$ 9,2 bilhão, seria possível distribuir 55 (cinquenta e cinco) hospitais por esse Goiás afora.