Na última sexta-feira, 27, os conselheiros do Tribunal de Contas de Goiás votaram parecer prévio pela aprovação das contas de governo do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), referente ao exercício de 2017. Com sérias inconsistências, o Tribunal fez cinco ressalvas e emitiu 23 determinações ao atual governador, além de 18 recomendações. Em tese, todos os apontamentos devem ser cumpridos até final de 2018.
De acordo com o artigo 18 da Lei 8.443/92, quando julgar as contas regulares com ressalva, o Tribunal dará quitação ao responsável e lhe determinará, ou a quem lhe haja sucedido, a adoção de medidas necessárias à correção das impropriedades ou faltas identificadas, de modo a prevenir a ocorrência de outras semelhantes.
Implica dizer que José Eliton passará a ser o responsável por cumprir a determinação de equacionamento definitivo do Saldo Negativo do Tesouro, por exemplo. Tarefa considerada impossível, uma vez que o rombo deixado por Marconi Perillo supera R$ 1,5 bilhão.
Sem cumprir tais determinações, as quais seriam de responsabilidade do ex-governador Marconi Perillo, José Eliton deverá ter suas contas de governo reprovadas em 2019, o que acarretaria em crime de improbidade administrativa com consequente perda dos direitos políticos por 8 anos.