Em entrevista ao JA1, da TV Anhanguera, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), falou sobre vários temas da administração estadual e foi perguntado sobre sua relação política com o presidente Jair Bolsonaro. Caiado, que apoiou a eleição de Bolsonaro em 2018, acabou se distanciando do liberal em virtude de divergências quanto ao enfrentamento da pandemia em Goiás. Médico de formação, Caiado optou por medidas que contemplasse a ciência e adotou ações não farmacológicas como forma de conter a disseminação do vírus no Estado. Isso teria desagradado Bolsonaro.
Perguntado se hoje seria aliado ou oposição a Bolsonaro, o governador foi peremptório: “Ronaldo Caiado continua sendo Ronaldo Caiado. Eu nunca fui encabrestado!”, respondeu. Segundo o democrata, ele sempre teve independência moral e intelectual e sempre se pautou única e exclusivamente pela sua consciência. “Eu sou um homem que tenho princípios claros. Eu não entro nesse falso dilema. Sou um homem que me formei para cuidar de vidas, para salvar vidas”, pontuou.
Caiado disse, ainda, que é um político que tem coragem de assumir posições e que não tergiversa em assuntos onde a prioridade seja a de salvar vidas. O chefe do executivo goiano disse, também, que não nasceu para ser tutelado. “Eu nunca recuei na minha vida, desde que naquela hora fosse o momento de me colocar como ponto de enfrentamento. Eu tenho orgulho de cumprir aquilo que eu jurei fazer, que foi cuidar das pessoas”, revelou, explicando que as medidas tomadas em Goiás para o enfrentamento à pandemia foram as que o bom senso e a preservação da vida pediam.
Sobre o RRF, Ronaldo Caiado explicou que Goiás foi o único estado do Brasil a cumprir todas as exigências para integrar o programa e que chegou a receber um telefonema do ministro Paulo Guedes parabenizando-o pelo trabalho executado em Goiás. Para o governador goiano, Bolsonaro pode ter sido mal assessorado quanto às questões do RRF, já que o presidente teria feito uma conexão da crise fiscal de Goiás com as medidas restritivas tomadas durante a pandemia da Covid-19, fatos que não têm a menor ligação entre si.
