Depois de ouvirem da Secretária da Educação, Esporte e Cultura do Estado de Goiás, Raquel Teixeira, que a gestão por OSs é uma caminho sem volta, alunos e professores, presentes na reunião do Conselho Diretor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Goiás para discutirem o modelo pretendido pelo Governo de Goiás, entenderam que as discussões seriam inócuas e pediram o cancelamento do encontro.
Para os alunos e professores, a afirmação da Secretária de que não há possibilidade de revogar o projeto das OSs, significa “que ela não quer dialogar, quer apenas manipular estudantes, trabalhadores da educação e comunidade, com a intenção de legitimar o projeto que foi imposto sem diálogo algum”.
Vale lembrar que convidada com antecedência para participar da audiência pública promovida pela OAB-GO na manhã de hoje, 20/01, para discutir a famigerada gestão compartilhada da educação pública estadual, Raquel não compareceu.
A Faculdade de Educação, assim como a Faculdade de Letras, ambas da Universidade Federal de Goiás, já haviam se posicionado contra o projeto do Governo de Goiás de terceirizar a educação pública estadual. Para a FE/UFG, a pergunta que se impõe e que ainda não foi respondida, é a seguinte: “se o estado possui recursos para que OS e Polícia Militar administrem escolas, por que não investe estes mesmos recursos num projeto próprio, verdadeiramente público e democrático, de melhoria da qualidade da educação no estado?”
Visivelmente constrangida, Raquel Teixeira deixou o prédio da Faculdade seguida por alunos que aproveitaram a oportunidade para protestar contra a terceirização. Acusada de não ter dado a oportunidade dos alunos, maiores interessados, opinarem no projeto estabelecido pelo Governo, Raquel Teixeira teve o carro cercado por manifestantes que gritavam “fora Raquel. A luta é do povo! É pela Educação Pública. Fora Raquel e leva o Lorde das OSs e as OSs com vocês”. Uma das maiores educadoras que o Estado de Goiás já conheceu e que chegou a se posicionar contra as OSs na educação, a Secretária, hoje, é considerada, juntamente com Marconi Perillo, Governador do Estado, a maior inimiga da educação pública em Goiás.