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Política

Seduce se nega a efetivar matrículas nas escolas ocupadas a fim de
criminalizar o movimento, dizem os secundaristas.

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O movimento Secundaristas em Luta – Go., grupo formado por alunos do ensino médio que ocupam 25 escolas em Goiás em protesto contra o que chamam de privatização da educação pública no Estado, publicou nota na sua página no facebook em que chamam a atenção para a estratégia da Secretaria da Educação, Cultura e Esportes, que não tem feito o menor esforço no sentido de garantir as matrículas para as escolas ocupadas. “Ontem se iniciou o período de matrículas na rede estadual, junto a isso se intensificou a campanha do governo do estado tentando colocar a população contra as ocupações, utilizando-se de desinformações e mentiras”, diz o primeiro parágrafo da nota.

Afirmando que, diferentemente do que tenta passar o Governo para a população, o movimento “não tem o menor interesse em prejudicar a população e os alunos das escolas impedindo-lhes de estudar. Pelo contrário, quem quer prejudicar o povo goiano é o governador Marconi Perillo e a Secretária Raquel Teixeira que pretendem entregar as escolas públicas para as Organizações Sociais”, salientam.

Segundos os alunos, que lutam contra o projeto do Governo de entregar a gestão das escolas públicas estaduais goianas para as famigeradas OSs, “a Seduce não fez qualquer esforço para garantir as matrículas dos estudantes de escolas ocupadas”. Para o movimento, “o interesse do Governo de Goiás era e é, precisamente, o de colocar os pais e estudantes contra as ocupações. Portanto, não buscaram outros meios de efetuar as matrículas”, afirmam.

“Quem procurou prejudicar os estudantes foi a Secretaria de Educação, que controla todo o sistema informacional e poderia abrir outros canais de confirmação das matrículas, mas tem se recusado. O governador Marconi Perillo planejou que não efetuando a matrícula dos estudantes das 25 escolas a população ficaria contra a luta contra a privatização. Essa é a velha política das classes dominantes de dividir o povo para imperar. Mas essas medidas, como todas as outras anteriores, serão certamente ineficazes”, asseveram os estudantes.

Os estudantes lembram que há decisão judicial favorável ao movimento e que, em virtude da legalidade das ocupações, a Seduce teve tempo suficientemente hábil para criar alternativas que garantisse a matrícula dos alunos da rede pública de ensino. Para os secundaristas, a intenção do governo é “criminalizar” o movimento aos olhos da população goiana e, principalmente, junto aos pais de alunos que não estão conseguindo efetivar suas matrículas.

 

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