O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), reeleito em primeiro turno para um novo mandato, disse hoje (31/10), em entrevista durante anúncio da Operação Nordeste Solidário, que sua relação com o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, será de respeito e republicanismo. “Não existe a possibilidade de outra relação que não seja essa: uma relação respeitosa”, afirmou.
Segundo Caiado, todas as vezes que Goiás for chamado para se reunir com o governo Federal, Goiás estará presente. “Sempre que formos chamados, nós vamos participar, levando nossas reivindicações, e, ao mesmo tempo, participando de uma discussão da qual, modéstia à parte, nós somos referência nacional, que é como tratar as famílias em situação de vulnerabilidade e como implantar uma política social que deu certo, de forma complementar às ações do governo federal”, explicou, lembrando que programas sociais implantados por seu governo, como o Mães de Goiás e Aluguel Social são copiados por outros governadores.
O governador goiano afirmou, também, que não vê nenhuma dificuldade em solicitar audiências com o presidente que assume a partir de janeiro de 2023, quando for necessária a participação do governo federal para resolver as demandas inerentes às áreas da saúde e educação em Goiás, por exemplo. Caiado reforçou, mais uma vez, que o fato de ter apoiado Jair Bolsonaro no 2º turno das eleições presidenciais não vai interferir na sua relação administrativa com o presidente eleito.
Sobre a derrota de Jair Bolsonaro, Ronaldo Caiado lembrou que faz parte da disputa política ganhar ou perder, e que isso é da própria política, portanto não cabe responsabilização de terceiros pela derrota. “A eleição é um jogo democrático e todos nós estamos preparados para ele. Se ganhar, muito bem, se não, o jogo continua, a democracia fica cada vez mais forte e vamos nos preparar para as próximas eleições”.
Para Caiado, o seu partido, o União Brasil, se saiu muito bem nessas eleições, elegendo um número considerável de deputados e senadores, além de quatro governadores. “O nosso partido vai decidir sobre todos os assuntos no Congresso Nacional, e vai ser importante também na composição das mesas diretoras da Câmara dos Deputados e do Senado, com chances, inclusive, de pleitear a presidência de uma delas”, avaliou.