O Governo de Goiás anunciou na tarde de hoje, 27/07, o que já havíamos divulgado aqui: apenas o servidor que ganha até R$ 3.500,00 receberá o pagamento até o dia 31 de julho e os demais no dia 10 de agosto. É mais uma forma que o Governo de Perillo encontrou para tentar driblar o arrocho financeiro imposto pelo rombo nas contas públicas.
Segundo divulgado, 111 mil servidores, ou 80% do quadro de funcionários do estado, recebem até R$ 3.500,00. Goiás tem cerca de 140 mil funcionários e o total da folha é de aproximadamente R$ 690 milhões. A média salarial é de R$ 4.900,00. O valor da folha dos 111 mil servidores que serão contemplados com pagamento até 31 de julho representa, portanto, menos de 50% do valor total da folha do funcionalismo público estadual.
O governo tucano em Goiás age descontrolado para conseguir cumprir o pagamento do salário dos servidores. No início de abril mudou o data para pagamento do ICMS pelas empresas, antecipando-o do dia 10 de cada mês subsequente à apuração para o dia 05, justamente para conseguir fazer frente a segunda parcela do salário do funcionalismo. Com essa nova metodologia, que embora continua dentro do prazo legal, mas que na prática representará até 10 dias de atraso para o funcionário que vinha recebendo seu salário dentro do mês trabalhado, Marconi Perillo espera retardar o colapso total da folha.
Com rombo nas contas do Estado que já ultrapassa R$ 1,6 bilhões, são poucas as chances de Goiás recuperar seu equilíbrio financeiro sem que haja aporte de uma vultuosa quantia de dinheiro no caixa, seja oriundos de empréstimos, seja proveniente de alienação do patrimônio público. A venda dos 49% que ainda restam da Celg é dada como certa e, atualmente, representa a salvação do combalido quarto governo de Marconi Perillo.