Com as atenções da base aliada do governo goiano voltadas para o término da reforma administrativa aprovada na Assembleia Legislativa do Estado no início do mês, os partidos que compõem o grupo de apoiadores de Ronaldo Caiado, incluindo aí o MDB, do vice-governador Daniel Vilela, têm evitado discutir as eleições municipais do ano que vem nos principais colégios eleitorais do Estado, a exemplo da capital, Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Sem fatos políticos robustos, as editorias políticas dos principais jornais e blogs do Estado tratam de movimentar o assunto a partir de especulações.
A baixa popularidade do atual prefeito de Goiânia e a indefinição criada sobre a possibilidade de Rogério Cruz concorrer à reeleição, como a dúvida levantada pelo próprio partido do gestor municipal, o Republicanos, criaram uma espécie de vácuo, que é o campo propício para que especulações sobre prováveis candidatos reverberem nesses canais de comunicação.
São vários os pretensos e possíveis candidatos, segundo o que tem sido divulgado, que poderão concorrer à Prefeitura de Goiânia nas eleições do próximo ano. De outsiders, como Silvye Alves, deputada federal do União Brasil, campeã de votos em Goiás, a políticos experimentados, como o próprio Daniel Vilela, presidente do MDB goiano, o senador Vandelan Cardoso (PSD), duas vezes candidato ao Paço, e até o recém eleito presidente da Alego, deputado Bruno Peixoto (UB), são muitos os atores citados por jornais e editorias políticas.
Análises mais especializadas, no entanto, apontam que a eleição municipal de 2024, principalmente em Goiânia, vai, indiscutivelmente, passar pela base aliada do governador Ronaldo Caiado, que hoje é o grande líder político de Goiás. Com o vazio criado pela morte de líderes como Iris Rezende e Maguito Vilela, e agora de Dona Íris de Araújo, Caiado se consolida ainda mais como o centro político do momento. Dificilmente, avaliam, haverá uma candidatura tão viável quanto àquela que eventualmente levar o apoio do governador de Goiás e sua base aliada.
Obviamente, nada impede que outras candidaturas igualmente viáveis surjam a partir de uma aliança formada por partidos considerados oposição a Caiado, como PT, PSB e até PSDB. Também, é muito provável que Vanderlan Cardoso realmente vá para mais uma disputa pelo executivo municipal goianiense, e isso, em tese, pode se dar com o apoio do PL, hoje comandado no Estado pelo senador Wilder Morais, eleito na onda bolsonarista. Nos bastidores, a avaliação é que as discussões comecem pra valer a partir de maio, quando estarão definidas as acomodações políticas no Estado e também no cenário nacional.