Entre em contato

Política

Sem provas ou indícios de irregularidades, Vanderlan Cardoso quer que PGR investigue processo eleitoral

Senador goiano é um dos 15 parlamentares da Câmara Alta que assinaram pedido de abertura de inquérito para apurar, segundo eles, supostas inconsistências apresentadas nas urnas eletrônicas. Justiça Eleitoral já descartou qualquer indício de fraude nas eleições para presidente

Publicado

on

O senador goiano Vanderlan Cardoso (PSD) aderiu ao movimento golpista que teima em questionar o resultado das eleições presidenciais do último 30 de outubro e assinou pedido para que a Procuradoria Geral da República (PGR) abra inquérito para apurar o que chama de “supostas inconsistências apresentadas nas urnas eletrônicas”. Cardoso publicou o comunicado na sua conta no Instagram.

De acordo com a Justiça Eleitoral, órgão máximo da instância eleitoral no Brasil, não há nenhum indício de fraude nas eleições presidenciais e, portanto, não há que se falar em irregularidades no pleito ou quaisquer irregularidades nas urnas eletrônicas. Relatórios do TCU, OAB, de Órgãos Internacionais, e da própria Forças Armadas, descartaram que tenha havido fraude no processo eleitoral. Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, foi eleito presidente da República com 60,3 milhões de votos, ou 50.9% dos votos válidos, contra 49,1% de Jair Bolsonaro.

Vanderlan se une a outros 14 senadores que também assinaram o pedido para que a PGR investigue essas tais irregularidades. Nas redes sociais, o senador goiano foi duramente criticado, chamado de golpista e incoerente. Embora tenha assinado o requerimento, Vanderlan não falou sobre as suas próprias eleições pelas urnas eletrônicas – ele foi eleito duas vezes prefeito de Senador Canedo, em 2004 e 2008, e uma vez senador da República, em 2018. O pessedista também não menciona irregularidades na eleição do seu aliado, Wilder Morais (PL), eleito senador por Goiás no primeiro turno das eleições deste ano.

De acordo com os internautas, para que as denúncias de suspeitas contra as urnas eletrônicas realmente parecessem uma preocupação com a lisura do processo eleitoral, e não apenas uma mera discordância com o resultado que não favoreceu Bolsonaro e seus aliados, seria preciso que Vanderlan Cardoso, ou qualquer outro político no exercício do mandato, ou que tenha sido eleito nas mesmas eleições questionadas deste ano, renunciasse ao mandato. “Não o fazendo, fica evidente que é uma disposição golpista de quem não aceita o resultado das urnas. Contestar as eleições sem provas é um golpe contra a democracia”, disse um internauta.

Outro usuário da rede, que chama o senador goiano de “amigo”, diz que se decepcionou com a atitude de Vanderlan. “Meu caro amigo Vanderlan, agora sim me decepcionei, espero que reflita em muitas coisas como essa que fez. Quando o elegemos, pensamos num mandato para resolver os problemas do povo e ajudar o nosso Estado, não para fazer coro a um movimento ridículo”, criticou.

Copyright © 2020 - Nos Opinando - Liberdade de opinião em primeiro lugar.