Pesquisas de intenção de voto para o Senado, na modalidade estimulada, divulgadas nos últimos dias em Goiás, não deixam dúvidas de que a disputa pela única vaga na Câmara Alta este ano está concentrada entre os candidatos Marconi Perillo, do PSDB, e Delegado Waldir, do União Brasil. Levantamentos como Serpes/OPopular, Ipec, Diagnóstico e Real Time Big Data mostram os dois candidatos liderando a corrida e, na maioria deles, bem à frente dos demais. Na Serpes, por exemplo, Marconi tem 24,7% das intenções de voto, Waldir aparece com 15,4% e o terceiro colocado, João Campos, do Republicanos, tem apenas 6% das indicações.
Já a pesquisa Ipec/TV Anhanguera, divulgada na última quinta-feira (25/08), mostra que os candidatos Marconi Perillo e Delegado Waldir estão tecnicamente empatados na corrida pelo cargo. Numericamente, o tucano tem 24% das intenções de voto e Waldir 18%. Aplicando a margem de erro da pesquisa, que é de três pontos para mais ou para menos, ambos empatam com 21% da preferência do eleitorado goiano. Também nesse levantamento, o terceiro colocado, João Campos, tem apenas 7% dos votos.
O Instituto Diagnóstico, em pesquisa divulgada pelo site Diário de Goiás nesta segunda-feira (29/08) mostra, mais uma vez, que o tucano e o candidato do União Brasil se destacam na disputa. Neste levantamento, Marconi tem 25% das intenções de voto, contra 17,4% do Delegado Waldir. O terceiro colocado, nesse estudo, é o candidato do PL, Wilder Morais, que aparece distante, com apenas 5,1% da preferência do eleitorado.
Analistas ouvidos pelo Blog avaliam que Marconi Perillo leva vantagem com o grande número de candidatos ao Senado, sobretudo porque é o mais conhecido deles e por ter um histórico de 20 anos de liderança política em Goiás. Soma-se a isso o fato da base do governador Ronaldo Caiado ter três candidatos ao cargo. Além de Waldir, estão no páreo Vilmar Rocha (PSD) e Alexandre Baldy (PP), o que contribui para a pulverização dos votos da base, avaliam.
Segundo essas análises, embora Waldir tenha grande apelo eleitoral, a estrutura política da base está dividida, incluindo o próprio governador, que está politicamente comprometido com os três candidatos. “O Waldir está com o Caiado, mas como há mais dois candidatos da mesma base, o governador não pode, em tese, efetivamente e publicamente, assumir o melhor colocado nas pesquisas como o único candidato governista. Isso tem um peso, principalmente para o Delegado Waldir, que já se destaca sobre os demais”, apontam.
De acordo com esses analistas, como a disputa caminha para uma concentração entre dois nomes, o ideal seria que a base, em consenso, optasse por um único candidato para enfrentar o tucano. Segundo eles, se houvesse a definição de um nome para representar os governistas, isso facilitaria a campanha do candidato e o governador poderia, aí sim, pedir votos para o escolhido, sem causar nenhum tipo de racha na base.
Nenhuma das assessorias dos candidatos ao Senado se manifestaram sobre um possível consenso, mas, nos bastidores, é quase unanimidade o entendimento de que a definição por um único candidato da base é necessária para evitar a derrota para o tucano, e não descartam que esse acerto ocorra até a primeira quinzena de setembro.
